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Uma trombada cósmica

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Que colisões entre galáxias podem produzir um surto de formação de estrelas nós já sabíamos. Agora, que uma colisão dessas poderia interromper a formação de estrelas é novidade! É isso que Jeffrey Kenney da Universidade de Yale, está propondo agora. Estudando o par de galáxias composto por M86 (uma elíptica) e NGC 4438 (uma espiral) com uma câmera capaz de observar as duas galáxias ao mesmo tempo, Kenney descobriu que elas sofreram uma colisão. Até agora ninguém tinha desconfiado disso, e só mesmo essa câmera de grande campo de visada conseguiu produzir imagens onde isso fica claro. As imagens obtidas por Kenney mostram um tentáculo de gás com 400 mil anos-luz de comprimento conectando as duas galáxias. Essas galáxias estão no aglomerado de Virgem, a uns 50 milhões de anos-luz. Uma terceira galáxia poderia estar envolvida, mas sua velocidade era baixa demais para fazer parte da colisão. M83 possui um filamento de gás conhecido, mas até agora não havia nenhuma ligação dele com outra ga...

Último suspiro

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Os estágios finais da vida das estrelas são bem conhecidos. Sabemos que estrelas com pouca massa (como o nosso Sol) vivem muito tempo e acabam seus dias como anãs brancas, envoltas em nebulosas planetárias. Já as estrelas com muita massa vivem muito pouco e acabam suas vidas de modo muito mais violento, em explosões de supernova, deixando para trás uma estrela de nêutrons ou mesmo um buraco negro. Mas isso é no atacado; no varejo, a história é outra. Quando o hidrogênio de uma estrela como o Sol se acaba, o seu núcleo se contrai violentamente, pois sua temperatura cai de repente. Ao mesmo tempo, as camadas externas são ejetadas para o espaço. O núcleo contraído transforma-se em uma anã branca com a compactação da matéria, a ponto de aproximar os elétrons e os núcleos dos átomos. Já as camadas externas se expandem e são ionizadas pela anã branca, transformando-se em uma nebulosa planetária. Aliás, esse nome nada tem a ver com planetas: ele surgiu na época em que as primeiras de...

A Cratera Eratóstenes e a Escala de Tempo Lunar

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A Cratera Eratóstenes está localizada no lado visível da Lua, a nordeste da Cratera Copérnico na latitude 14.5 e longitude 348.7. A cratera Eratóstenes tem esse nome em homenagem ao filósofo da Grécia antiga que mediu a circunferência da Terra no ano 240 A.C. Nos anos de 1960 a cratera foi usada como padrão para então dar nome ao período Eratosteniano na escala de tempo lunar, nome esse dados pelos pesquisadores Gene Shoemaker e Robert Hackman. Esse período representa as crateras de meia idade presentes na Lua. Mesmo sendo chamadas de crateras de meia idade sua idade varia de 3.2 a 1.1 bilhão de anos. Como a Cratera Copérnico a Eratóstenes tem um anel bem definido, paredes e um pico central. Contudo não existem raios provenientes dela, ela é sim interceptada pelos raios que se originam na Cratera Copérnico. Shoemaker e Hackman invocaram a lei geológica da superposição que diz que as camadas mais jovens de rocha se depositam sobre camadas mais antigas e com isso estabeleceram que a ...

Empurrando o Envelope

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O objeto com o codinome G327.1-1.1 é na verdade a conseqüência de uma estrela massiva que explodiu como supernova na Via Láctea. Uma estrela de nêutrons altamente magnética e com uma rotação muito rápida chamada de pulsar foi deixada para trás depois da explosão e está produzindo ventos de partículas relativísticas, que são observados em raios-X pelo Chandra e pelo XMM-Newton (marcados em azul na imagem) bem como por sinais de rádio (amarelos e vermelhos). Essa estrutura é chamada de pulsar de vento de nebulosa. A provável localização da estrela de nêutrons em rotação é mostrada na versão anotada da figura. O grande círculo vermelho mostra a emissão de rádio da onda de choque e a imagem composta também contém dados infravermelhos do projeto de pesquisa 2MASS (vermelho, verde e azul) que mostra as estrelas presentes no campo de visão. Não existe uma explicação clara e conhecida para a natureza diferente do G327.1-1.1, incluindo o fato do pulsar estar deslocado da posição central nos da...

A Terra vista de longe

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A sonda Deep Impact fez história no dia 4 de julho de 2005, quando lançou um dispositivo para atingir o cometa Tempel 1. Esse dispositivo atingiu o núcleo do cometa e projetou uma pluma de detritos que foi estudada pela própria sonda e por vários telescópios na Terra. Recentemente, a missão da Deep Impact foi estendida e a sonda foi redirecionada para fazer um sobrevôo no cometa Hartley 2 em 4 de novembro de 2010. A extensão da missão também tem como objetivo procurar por planetas fora do nosso Sistema Solar, a partir da observação contínua de estrelas, para tentar flagrar a variação de brilho delas. Essa variação seria decorrência da passagem do planeta na frente da estrela, evento conhecido como trânsito. A sonda fez algo interessante, posicionou suas câmeras para a Terra e esperou que a Lua passasse na frente do planeta. Esse trânsito lunar está sendo usado para entender como seriam os resultados advindos de observações de outros planetas. As imagens são impressionantes, ...

Um mistério e tanto!

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O que você está vendo não tem explicação. Ao menos uma definitiva. Essa imagem mostra a galáxia elíptica NGC 1132 . A imagem em si é uma composição de imagens do telescópios espaciais Hubble e Chandra. A “névoa” rosada representa a emissão de raios X (obtida pelo Chandra) dessa galáxia elíptica. A própria galáxia parece uma mancha difusa, rodeada por diversas outras galáxias anãs e outras que estão na verdade ao fundo, sem conexão física com esse grupo em primeiro plano. Mas qual é o mistério de NGC 1132? Dados recentes do Chandra mostraram que essa galáxia elíptica possui muita matéria escura. Mas muito mesmo! A quantidade desse tipo misterioso de matéria ao redor dessa galáxia é comparável à quantidade de matéria escura encontrada normalmente em grupos inteiros de galáxias! A emissão de raios X de NGC 1132 também é comparável à de um grupo inteiro de galáxias. Esse tipo de galáxia forma o que se chama de grupo fóssil, pela sua gigantesca quantidade de matéria escura. Sua origem aind...

Os Anéis de Saturno Podem Ter Se Formado a Partir da Destruição de Uma Lua Gigante

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Novo modelo explica a composição de gelo do espetacular halo do planeta. Os anéis de Saturno podem ter se formados a partir da norte de um satélite primordial do tamanhos de Titã que teve suas camadas externas arrancadas e enviadas em forma de espiral para um planeta Saturno jovem. Um dos problemas que os cientistas se deparam ao tentar explicar de onde vieram os anéis de Saturno é a sua composição, diz o cientistas planetário Robin Canup do Southwest Research Institute em Boulder no Colorado. Os anéis são compostos entre 90% e 95% de água, muito pelo fato de que o sistema solar teria sido compostos por iguais quantidades de gelo e rocha . Além do mais os anéis têm coletado poeira interplanetária mesmo depois de terem sido formados. “Então eles precisam ter se formado essencialmente de gelo”, disseram a pesquisadora em um encontro da Division for Planetary Science da American Astronomical Society em Pasadena na Califórnia.As luas internas de Saturno são também anomalias com baixas d...