Descoberta em nanotecnologia revela o poder das estrelas que explodem

Pela primeira vez, cientistas conseguiram medir diretamente uma reação nuclear chamada “processo r fraco”, que acontece em eventos cósmicos gigantes, como supernovas (explosões de estrelas) e colisões de estrelas de nêutrons 

Imagem via ESO

Essa descoberta ajuda a entender como elementos pesados, como ouro e urânio, são formados no universo. Os pesquisadores usaram uma técnica especial: aceleraram um material chamado estrôncio-94 em alvos feitos de nanomateriais com hélio. Isso gerou dados reais, que vão melhorar os modelos usados para estudar o espaço. Além disso, o avanço pode ajudar criando reatores nucleares mais eficientes e duradouros.

Primeira Medição Direta do Processo r Fraco

Cientistas da Universidade de Surrey, junto com outras instituições, como a Universidade de York, o Instituto de Ciência dos Materiais de Sevilha e o TRIUMF (centro de aceleradores de partículas do Canadá), fizeram um grande avanço na física nuclear.

Eles mediram a reação 94Sr(“,n)97Zr, onde o estrôncio-94 (um material radioativo) absorve uma partícula de hélio, libera um nêutron e se transforma em zircônio-97. O estudo foi publicado na revista Physical Review Letters e destacado como uma descoberta importante.

Desvendando Como Elementos Pesados São Criados

O Dr. Matthew Williams, principal autor do estudo, explicou:

“O processo r fraco é essencial para formar elementos pesados que vemos em estrelas muito antigas, como se fossem fósseis do espaço. Essas estrelas guardam pistas químicas de eventos cósmicos extremos. Até agora, só tínhamos teorias, mas esse experimento nos deu dados reais para testar essas ideias.?

Para fazer o experimento, os cientistas usaram alvos de hélio inovadores. Como o hélio é um gás que não reage e não é sólido, eles criaram um nanomaterial com bilhões de bolhas minúsculas de hélio dentro de filmes finos de silício.

Tecnologia Avançada do TRIUMF

Com a tecnologia do TRIUMF, os cientistas aceleraram o estrôncio-94, que tem vida curta, nesses alvos. Assim, conseguiram medir a reação nuclear em condições parecidas com as de eventos extremos no espaço.

O Dr. Williams disse:

“Esse é um grande passo para a astrofísica e a física nuclear. Foi a primeira vez que nanomateriais foram usados desse jeito, abrindo novas possibilidades para pesquisas nucleares. Além disso, entender essas reações ajuda a melhorar reatores nucleares. Esses materiais radioativos aparecem nos reatores, e esses dados ajudam a prever quanto tempo as peças vão durar e como criar sistemas mais modernos e eficientes.?

O Que Vem Pela Frente

Agora, os cientistas vão usar esses dados para melhorar os modelos sobre o espaço e entender melhor a origem dos elementos mais pesados. Essa pesquisa pode trazer avanços tanto na ciência do espaço quanto na tecnologia nuclear que usamos aqui na Terra.

Terrarara.com.br

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