Formação de Estelar no Coração do Cisne

A missão Wide-field Infrared Survey Explorer, ou WISE da NASA, registrou essa imagem que mostra a grande complexidade de nuvens de formação de estrelas e de aglomerados de estrelas encontrados na constelação de Cygnus. Melhor conhecida como a asa do cisne que corta a noite, a constelação de Cygnus é facilmente reconhecida no céu do hemisfério norte durante o verão. 

A constelação também é conhecida como a Cruz do Norte. A missão WISE fez um estudo detalhado da região ao redor do coração do cisne, revelando ali a presença de vastas nuvens de poeira que brilham no céu quando observadas no infravermelho. Essa imagem cobre uma área do céu dez vezes maior que a área coberta pela Lua cheia em largura e nove vezes maior em altura, sendo 4.93 x 4.47 graus.  

O coração do cisne, no centro da cruz, é representado pela estrela Sadr, vista aqui nessa imagem como um brilhante ponto amarelo próximo do ponto onde os filamentos verdes na parte superior da imagem convergem e então viram para baixo para a direção esquerda. O nome da estrela vem da frase Árabe “Al Sadr al Dajājah”, que significa o Peito da Galinha. A estrela Sadr também é conhecida como Gamma Cygni e é a terceira estrela mais brilhante da constelação de Cygnus. 

Embora a estrela Sadr seja muito brilhante na luz visível, na luz infravermelha ela é sobreposta pelas nuvens de poeira e gás ao redor, incluindo as nebulosas IC 1318, LDN 889 e a NGC 6888. Embora pareça que a estrela Sadr está mergulhada nas nebulosas, ela está na verdade somente a 1800 anos-luz de distância da Terra, enquanto que a nebulosa IC 1318 é muito mais distante se localizando a 4900 anos-luz de distância. 

A IC 1318 pode ser vista como as nuvens verdes e vermelhas brilhantes que curvam para a esquerda da Sadr. Existem três partes distintas dessa nebulosa que são identificadas como IC 1318 A, B e C. Essa nebulosa é considerada uma nebulosa de emissão pois a radiação das estrelas próximas aquece a nuvem ionizando-a e emitindo luz visível. Quando observada através de telescópios ópticos, um abismo negro separa a IC 1318 B e C.

Essa área escura é conhecida como LDN 889 e é classificada como uma nebulosa escura. N luz visível essa nuvem de poeira obscurece a luz das estrelas localizadas atrás fazendo com que pareça que existe um faixa escura atravessando o céu. A WISE detecta essa poeira no infravermelho assim é possível observá-la. LDN é a sigla para Lynds’Dark Nebula, que é um catálogo de nebulosas escuras compilado pelo astrônomo B.T. Lynds. No lado oposto da imagem da WISE, no quadrante do canto superior direito, pode-se ver uma nuvem vermelha curva. 

Essa é outra nebulosa, a NGC 6888. Mais conhecida como nebulosa Crescente, essa é outra nebulosa de emissão. Essa nebulosa é ionizada por uma estrela muito quente e massiva do tipo Wolf-Rayet, a WR 136. Dispersas através da imagem encontram-se numerosos aglomerados estelares de idades variadas. Um exemplo, é o aglomerado conhecido como M29, que pode ser encontrado à esquerda do centro da imagem. Também conhecido como NGC 6913, esse é um aglomerado aberto de estrelas localizado a aproximadamente 3700 anos-luz de distância da Terra.
Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech / Equipe WISE

Fonte: http://wise.ssl.berkeley.edu/gallery_cygnus.html

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lua eclipsa Saturno

Um rejuvenescimento galáctico

Uma enorme bolha de rádio com 65.000 anos-luz rodeia esta galáxia próxima

Marte Passando

Observações exploram as propriedades da galáxia espiral gigante UGC 2885

O parceiro secreto de Betelgeuse, Betelbuddy, pode mudar as previsões de supernovas

Telescópio James Webb descobre galáxias brilhantes e antigas que desafiam teorias cósmicas:

Telescópio James Webb encontra as primeiras possíveis 'estrelas fracassadas' além da Via Láctea — e elas podem revelar novos segredos do universo primitivo

Espiral de lado

Astrônomos mapeiam o formato da coroa de um buraco negro pela primeira vez