Buracos negros supermassivos binários podem ser mais raros do que o pensava
Dois buracos negros se entrelaçam em um tango gravitacional na concepção deste artística.Crédito da imagem: NASA.
Devem existir menos buracos negros supermassivos binários nos núcleos das galáxias do que se pensava anteriormente, disse uma equipe de cientistas da Universidade de Brandeis em Waltaham, Massachussets, e do Instituto de Pesquisa Raman em Bangalore, na Índia. A maior parte das galáxias massivas no universo devem abrigar no mínimo um buraco negro supermassivo em seus núcleos. Quando duas galáxias colidem, seus buracos negros se juntam, formando uma dança colossal que resulta numa combinação de par. Esse processo é a mais intensa fonte de ondas gravitacionais no universo, que ainda precisam ser diretamente detectadas. As ondas gravitacionais representam a próxima fronteira da astrofísica, e sua detecção levará a novas ideias sobre o universo.
É importante se ter a maior quantidade de informação possível sobre as fontes dessas ondas”, disse o Dr. David Roberts, um membro da equipe da Universidade de Brandeis. O Dr. Roberts e os coautores estudaram uma amostra de galáxias chamadas de Rádio Galáxias em Forma de X, cuja estrutura peculiar indica a possibilidade que a emissão de jatos de rádio formados por partículas super-rápidas ejetadas pelo disco de material ao redor dos buracos negros centrais dessas galáxias esteja mudando de direção. A mudança foi causada por uma fusão anterior com outra galáxia, fazendo com que o eixo de rotação do buraco negro e o eixo de seu jato mudassem de direção.
Trabalhando com uma lista de 100 objetos, eles coletaram dados de arquivos obtidos pelo Rádio Telescópio Karl G. Jansky Very Large Array, o VLA para fazer imagens detalhadas de 52 deles. Suas análises das novas imagens os levaram a concluir que somente 11 são genuínos candidatos para galáxias que se fundiram, fazendo com que seus jatos de rádio mudassem de direção. A mudança dos jatos em outras galáxias pode ser causada por outras fontes. Extrapolando esse resultado, os astrônomos estimaram que menos de 1.3% das galáxias com emissões extensas de ondas de rádio, experimentaram fusões. Essa taxa é cerca de 5 vezes menor do que se pensava anteriormente.
“Isso diminuiria significantemente o nível de ondas gravitacionais de comprimentos de onda muito longos vindo das Rádio Galáxias em Forma de X, se comparado com as estimativas anteriores”, disse o Dr. Roberts. “Será muito importante relacionar as ondas gravitacionais com os objetos que nós observamos através da radiação eletromagnética, como as ondas de rádio, com o objetivo de avançar o nosso entendimento da física fundamental”.
Fonte: http://www.sci-news.com
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