Exoplaneta possui dia de apenas 8 horas terrestre
Você sente que nunca há tempo
suficiente num dia? Então não vá para Beta Pictoris b. Um dia neste acelerado
exoplaneta dura apenas 8 horas, fazendo-se uma péssima escolha para um grande
desafio. Você também estaria lutando...
Você sente que nunca há tempo
suficiente num dia? Então não vá para Beta Pictoris b. Um dia neste acelerado
exoplaneta dura apenas 8 horas, fazendo-se uma péssima escolha para um grande
desafio. Você também estaria lutando contra um ambiente empoeirado,
temperaturas lancinantes e a ausência de terra firme neste planeta gigante
semelhante à Júpiter.
Beta Pictoris b foi
descoberto em 2008 orbitando uma estrela jovem, cerca de 63 anos-luz de distância.
Astrônomos acham que o planeta tem aproximadamente 7 vezes a massa de Júpiter e
está brilhando ainda com o calor da sua própria formação, em uma temperatura de
aproximadamente 1.600 Kelvins.
O exoplaneta foi encontrado
em uma bateria de imagens tirada pelo Telescópio Very Large, no Chile. Ignas Snellen, da
Universidade de Leiden na Holanda e seus colegas usaram o mesmo telescópio para
estudar o movimento de gases na atmosfera empoeirada do exoplaneta. Eles foram
capazes de calcular o quão rápido Beta Pictoris b está girando em seu eixo:
cerca de 25 quilômetros por segundo.
Como o planeta é ligeiramente
maior que Júpiter, cerca de 236 mil quilômetros maior, ele completa uma volta
inteira – ou em outras palavras, um dia – em aproximadamente a cada 8 horas.
Dança
do exoplaneta
O tamanho é o principal passo
para qualquer exoplaneta, e isso significa que os dias do Beta Pictoris b é
menor do que em qualquer planeta do nosso sistema solar. Os dias de Júpiter tem
a duração de 10 horas, por exemplo, enquanto um dia em Vênus dura 243 dias
terrestres.
O trabalho suporta uma
relação estreita observada no nosso sistema solar entre a massa de um planeta e
a sua velocidade de rotação – em geral, quanto mais pesado for o mundo, menor é
o dia. Isso pode ser devido à forma de como os planetas nascem. A gravidade faz
com que o material de sobra em torno das estrelas se aglutinem, girando para
formar um mundo em torno de um ponto central. Para conservar a sua energia
rotacional, um planeta vai girar mais rápido à medida que aumenta a sua massa,
assim como bailarinos podem girar mais rápido, diz Snellen.
Beta Pictoris b não é uma
combinação perfeita às regras, mas isso pode ser porque o planeta ainda é muito
jovem. Enquanto esfria durante as próximas centenas de milhões de anos, deve
encolher ao tamanho de Júpiter e a velocidade de até 40 quilômetros por
segundo, tornando-se um ajuste cada vez mais estreito. Isso também reduziria a
duração do seu dia a apenas 3 horas.
Testando o beta
Snellen espera usar a mesma
técnica para medir a duração dos dias em outros exoplanetas. Isso irá mostrar a
relação entre a rotação e a massa fora do sistema solar. Se isso ocorrer, ele
poderia prever um modo de distinguir entre planetas altamente massivos e
objetos conhecidos como anãs marrons, que acredita-se que são estrelas que
falharam em iniciar sua fusão nuclear.
Entretanto, a linha divisória
entre esses objetos é difusa. Observações anteriores sugerem que anãs brancas
de mesma massa podem ter uma variedade em sua quantidade de rotação, logo, elas
não obedecem as leis de rotação que se aplicam a planetas.
“É uma sugestão intrigante a
diferença entre planetas e anãs marrons, mas precisaremos de mais medições
antes de termos certeza,” concorda David Spiegel, do Instituto de Estudos
Avançados em Princeton, Nova Jersey.
Tal informação também nos
ensinaria mais sobre como planetas podem evoluir, ele diz. “O nível de rotações
dos planetas contém muita informação.”
Fonte: http://socientifica.com.br
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!