Brilho misterioso aquece anéis de Urano
© Fornecido por Três Editorial Ltda Brilho nos anéis de urano: característica não é encontrada em outros sistemas de anéis no nosso sistema. Foto: E. Molter/I. de Pater/UC Berkeley
Algum
tipo de onda de calor aquece os anéis de Urano, revelam novas imagens do
planeta, obtidas por dois telescópios no Chile. A temperatura dos anéis,
verificada pela primeira vez, é de 195 graus Celsius negativos – o ponto em que
o nitrogênio líquido entra em ebulição, informa uma pesquisa descrita em artigo
aceito para publicação no “The Astronomical Journal” e disponível em versão
pré-impressão no site arXiv, segundo o site Space.com.
A
temperatura encontrada é muito baixa, mas vale lembrar que a maior parte do
espaço é ainda mais fria e convive com o chamado zero absoluto (-273 °C). Além
disso, Urano é um dos planetas exteriores do Sistema Solar e recebe apenas uma
fração do calor do Sol de que a Terra desfruta.
Os
cientistas responsáveis pelas novas imagens ainda não sabem o que causa o calor
relativo. Mas a temperatura anômala confirma que o anel uraniano mais brilhante
e denso (denominado anel épsilon) é bem diferente de outros sistemas de anéis
em nosso sistema.
“Os
anéis de Saturno, principalmente os gelados, são largos [e] brilhantes e
possuem uma faixa de tamanhos diferentes de partículas, desde poeira do tamanho
de um mícron no anel D mais interno, até dezenas de metros de tamanho nos anéis
principais”, afirma em um comunicado Imke de Pater, astrônoma da Universidade
da Califórnia em Berkeley e coautora do estudo. “O pequeno final está faltando
nos principais anéis de Urano. O anel mais brilhante, épsilon, é composto de
rochas do tamanho de bolas de golfe e maiores.”
O
anel épsilon também difere dos anéis observados nos outros planetas gigantes.
Os de Júpiter são constituídos por partículas com cerca de um milésimo de
milímetro de diâmetro cada; já os de Netuno são feitos quase inteiramente de
poeira.
“Já
sabemos que o anel épsilon é um pouco estranho, porque não vemos o material
menor”, disse Edward Molter, autor do estudo e aluno de pós-graduação da
Universidade da Califórnia em Berkeley, no mesmo comunicado. “Algo tem varrido
o material menor para fora, ou está tudo junto. Apenas não sabemos. Esse é um
passo para entender a composição [dos anéis] e se todos os anéis vieram do
mesmo material de origem ou se este é diferente em cada anel.”
Fonte: MSN
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