Postagens

ESO assina contratos para o enorme espelho primário do ELT

Imagem
Foram assinados os contratos para a fabricação do espelho primário de 39 metros do Extremely Large Telescope do ESO (ELT), numa cerimônia realizada hoje na Sede do ESO, perto de Munique, na Alemanha. A companhia alemã SCHOTT fabricará os blocos dos segmentos do espelho e a companhia francesa Safran Reosc irá poli-los, montá-los e testá-los. O contrato para polir os blocos do espelho é o segundo maior contrato assinado para a construção do ELT e o terceiro maior já concedido pelo ESO.  O sistema óptico único do  Extremely Large Telescope  do ESO é constituído por cinco espelhos, cada um correspondente a um significativo feito de engenharia. O espelho primário de 39 metros de diâmetro, que será composto por 798 segmentos hexagonais individuais de 1,4 metros cada um, será de longe o maior já construído para um telescópio óptico. Os segmentos em conjunto coletarão dezenas de milhões de vezes mais luz que o olho humano. Os contratos para fabricação e polimento dos segmentos do espe

Descoberta de SUPER-TERRA na zona habitável de estrela fria

Imagem
Impressão de artista da super-Terra GJ625b e da sua estrela-mãe. Crédito: Gabriel Pérez, SMM (IAC) Uma equipe internacional liderada por investigadores do IAC (Instituto de Astrofísica das Canárias), usando o método de velocidade radial, descobriu um possível planeta rochoso na orla da zona habitável de uma estrela anã vermelha. Apenas são conhecidas algumas dezenas de planetas desse tipo e a sua deteção foi possível graças ao espectrógrafo HARPS-N acoplado ao TNG (Telescópio Nazionale Galileo) no Observatório Roque de Los Muchachos, em La Palma.  Há apenas 25 anos atrás, não sabíamos de nenhum planeta para lá do Sistema Solar. Hoje temos uma lista com mais de 3500 exoplanetas confirmados em torno de outras estrelas. Existem várias técnicas de deteção e uma das mais usadas é a técnica de velocidade radial. Esta envolve a medição de mudanças na posição e velocidade de uma estrela quando uma estrela e um planeta em órbita rodam em torno do seu centro de gravidade comum. Depende

As cores da galáxia, pelos olhos de um telescópio espacial

Imagem
Fontes de radiação Esta obra de arte colorida, aparentemente abstrata, é na realidade um mapa da nossa galáxia, descrevendo todos os objetos celestes que foram detectados pelo  telescópio espacial XMM-Newton , entre agosto 2001 e dezembro 2014. Em órbita em torno da Terra desde 1999, o XMM-Newton estuda fenômenos de alta energia no  Universo , como buracos negros, estrelas de nêutrons, pulsares e ventos estelares. Contudo, mesmo quando se desloca entre alvos específicos, o telescópio espacial coleta dados científicos. O mapa mostra as 30.000 fontes capturadas durante 2.114 desses varrimentos - por "fontes", entenda-se os corpos celestes ou formações de corpos celestes que emitem radiação nos diversos comprimentos de onda captados pelos instrumentos do telescópio. Devido à sobreposição de trajetórias de varrimento, algumas fontes foram observadas até 15 vezes, e 4.924 fontes foram observadas duas vezes ou mais. Depois de corrigir as sobreposições entre varrimentos

Astrônomos descobrem fonte principal de antimatéria na galáxia

Imagem
Toda a antimatéria da galáxia, cujos vestígios de decomposição são constantemente registrados pelos telescópios da NASA, pode surgir como resultado das explosões de supernovas que ocorrem após fusões de anãs brancas, diz um artigo na revista Nature Astronomy. Essas observações nos permitiram revelar os enigmas da parte mais desconhecida da Via Láctea, onde habitam as estrelas mais antigas. Quando os pares de anãs brancas se aproximam demais, a estrela maior "arranca" parte da matéria da sua companheira menor, se tornando um bomba termonuclear, cuja explosão gera quase toda a antimatéria da galáxia",  explica  Roland Crocker da Universidade Nacional da Austrália, em Camberra. Quando os astrônomos soviéticos e norte-americanos lançaram os primeiros telescópios espaciais para a órbita da Terra, as observações da galáxia através de raios X e raios gama revelaram uma grande surpresa. Eles descobriram que a parte central da Via láctea produzia uma grande quantidade

Sonda Juno mostra um Júpiter totalmente diferente

Imagem
Por que um polo de Júpiter é tão diferente do outro é um enigma que os pesquisadores ainda tentam solucionar.[Imagem: NASA/JPL-CALTECH/SWRI/MSSS/BETSY ASHER HALL/GERVAS] Um Júpiter totalmente novo As observações iniciais de Júpiter feitas pela sonda espacial Juno são "de tirar o fôlego", anunciaram os cientistas da Nasa no primeiro comunicado sobre os resultados iniciais da missão. E o que mais os deixou perplexos até agora foram as gigantescas "tempestades" registradas nos polos do planeta. "Pense em um monte de furacões, cada um do tamanho da Terra, todos tão espremidos uns aos outros que chegam a se tocar," exemplificou Mike Janssen. "Até mesmo entre os pesquisadores mais experientes, essas imagens de nuvens imensas rodopiando têm impressionado muito." A  sonda Juno chegou a Júpiter  em 4 de julho do ano passado. Desde então, ela tem se aproximado do planeta gasoso a cada 53 dias. Segundo a equipe da NASA, a sonda está mostran

Estrela da “megaestrutura” volta a chamar a atençã

Imagem
A estrela mais famosa e estranha da nossa galáxia está agindo de novo. Na sexta-feira, 19 de maio, a estrela de Tabby começou a escurecer, continuando sua história de misteriosas mudanças em seu brilho. Os astrônomos estão lutando para apontar tantos telescópios quanto for possível para lá, 1.300 anos-luz de distância, na constelação Cygnus, para decifrar seu estranho sinal. Em 2015, uma equipe de astrônomos liderada por Yale Tabetha Boyajian viu a luz da estrela KIC 8462852 de repente e repetidamente diminuir seu brilho. O astro escureceu até 22% antes de voltar ao normal. Então, em 2016, uma revisão de placas fotográficas velhas revelou que KIC 8462852 escureceu 14% entre 1890 e 1989. Chamada de estrela de Tabby em homenagem a Boyajian, o astro desvaneceu-se por outros 3% durante os quatro anos que foi observado pelo Observatório Espacial Kepler. Os astrônomos descobriram uma enorme variedade de diferentes explicações para o estranho comportamento dela. Alguns dizem que po

Galáxias recém descobertas de crescimento rápido podem resolver puzzle cósmico- e mostram antiga fusão cósmica

Imagem
Impressão de artista de um quasar e de uma galáxia vizinha em fusão. As galáxias observadas por Decarli e colaboradores estão tão distantes que, de momento, não são possíveis imagens detalhadas. Esta combinação de imagens de homólogas próximas dá uma impressão do seu aspeto em mais detalhe.  Crédito: MPIA usando material do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA Astrónomos descobriram um novo tipo de galáxia no início do Universo, menos de mil milhões de anos após o Big Bang. Estas galáxias estão a formar estrelas a um ritmo cem vezes superior ao da nossa própria Via Láctea. A descoberta poderá explicar um achado anterior: uma população de galáxias surpreendentemente massivas 1,5 mil milhões de anos após o Big Bang, que exigiria que tais percursos hiperprodutivos formassem centenas de milhares de milhões de estrelas. As observações também mostram o que parece ser a imagem mais antiga de uma fusão galáctica. Os resultados, por um grupo de astrónomos liderados por Roberto Decar

Observação da transformação de uma supernova em buraco negro

Imagem
Em 2007 o telescópio espacial Hubble observou uma estrela 25 vezes mais massiva que nosso Sol, N6946-BH1, em uma combinação de luz visível e infravermelho, porém em 2009 o brilho da estrela aumentou muito, 1 milhão de vezes mais brilhante que o Sol mais precisamente. Curiosamente, em 2015, a estrela desapareceu (como mostrado na imagem) e apenas uma pequena quantidade de radiação infravermelha foi detectada. Essa radiação pode provir dos detritos “caindo” no buraco negro que se localiza a 22 milhões de anos-luz na galáxia NGC 6946. Uma curiosidade é que os astrônomos estimam que 30% desse tipo de estrela pode simplesmente se tornarem buracos negros sem passarem pelo processo de supernova.  Os astrônomos observaram então o local onde a estrela estava com o telescópio espacial Spitzer e com o LBT (Large Binocular Telescope), que é um telescópio de colaboração internacional entre Estados Unidos, Alemanha e Itália, mas também não houve nem sinal da estrela. Scott Adams sugeriu que