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Como os buracos negros moldam galáxias

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Num novo estudo , os cientistas analisaram oito anos de observações do XMM-Newton do buraco negro no centro de uma galáxia ativa conhecida como PG 1114+445, mostrando como os ventos ultrarrápidos - fluxos de gás emitidos do disco de acreção muito próximo do buraco negro - interagem com a matéria interestelar nas partes centrais da galáxia. Estes fluxos já tinham sido vistos antes, mas o novo estudo identifica claramente, e pela primeira vez, três fases da sua interação com a galáxia hospedeira. "Estes ventos podem explicar algumas correlações surpreendentes que os cientistas conhecem há anos, mas que não conseguiam explicar," disse o autor principal Roberto Serafinelli do Instituto Nacional de Astrofísica de Milão, Itália, que realizou a maior parte do trabalho como parte do seu doutoramento na Universidade de Roma Tor Vergata.   "Por exemplo, vemos uma correlação entre as massas de buracos negros supermassivos e a dispersão de velocidade das estrelas nas pa...

Astrônomos observam fases agonizantes de uma estrela parecida com o Sol

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Os astrônomos que estudam a evolução das estrelas estão acostumados a acompanhar eventos que levam um tempo muito maior que a vida humana para acontecer. Porém, no caso da estrela T Ursae Minoris, ou T UMi, que vem sendo observada a 1 século, os astrônomos detectaram que ela está muito perto de morrer e pode experimentar importantes eventos dentro de décadas. Além disso, mesmo sendo maior que o Sol, a T UMi pode ser classificada como sendo do mesmo tipo do Sol. Estrelas com massas superioras a 8 vezes a massa do Sol, terminam sua vida numa bela explosão de supernova, evento esse que podemos acompanhar por semanas às vezes. Estrelas menores, contudo, se movimenta numa velocidade bem menor e termina sua vida de maneira bem menos espetacular. Todas as estrelas que têm massas entre 0.5 e 8 vezes a massa do Sol, eventualmente expelem suas camadas externas, deixando para trás seus núcleos que se transformam numa estrela do tipo anã branca. Os astrônomos sabem disso através de u...

A primeira supernova observada pelo satélite TESS

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Quando o TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA foi lançado para o espaço em abril de 2018, o seu objetivo era específico: procurar novos planetas no Universo. Mas numa investigação publicada recentemente, uma equipe de astrónomos da Universidade Estatal do Ohio mostrou que o levantamento, apelidado TESS, também pode ser usado para monitorizar um tipo específico de supernova, dando aos cientistas mais pistas sobre o que faz com que as anãs brancas expludam - e sobre os elementos que essas explosões deixam para trás. "Nós sabemos há anos que estas estrelas explodem, mas temos ideias terríveis do porquê," disse Patrick Vallely, autor principal do estudo e estudante de astronomia da mesma universidade. "A coisa mais importante aqui é que somos capazes de mostrar que esta supernova não é consistente com uma anã branca que retira massa diretamente de uma companheira estelar - o tipo de ideia padrão que levou as pessoas a tentar encontrar assinaturas...

Revelados os primeiros dias da Via Láctea

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Impressão de artista dos primeiros dias da Via Láctea.Crédito: Gabriel Pérez Diaz, SMM (IAC) O Universo , há 13 mil milhões de anos atrás, era muito diferente do Universo que conhecemos hoje. Sabemos que as estrelas se formavam a um ritmo muito elevado, dando origem às primeiras galáxias anãs, cujas fusões fizeram surgir as galáxias atuais mais massivas, incluindo a nossa. No entanto, não era conhecida a exata cadeia de eventos que produziram a Via Láctea. Até agora. Medições exatas da posição, brilho e distância de aproximadamente um milhão de estrelas da nossa Galáxia, até 6500 anos-luz do Sol, obtidas com o telescópio espacial Gaia, permitiram que uma equipa do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC) revelasse alguns dos seus estágios iniciais.  "Nós analisámos e comparámos com modelos teóricos a distribuição de cores e magnitudes (brilhos) das estrelas na Via Láctea, dividindo-as em vários componentes; o chamado halo estelar (uma estrutura esférica que envo...

NGC 2985 – Uma bela galáxia espiral

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As galáxias no universo aparecem em diversas formas e tamanhos. Um dos principais tipos de galáxias que nós observamos no universo são as galáxias espirais, como pode ser demonstrado nessa bela imagem feita pelo Hubble da NGC 2985. A NGC 2985 está localizada a aproximadamente 70 milhões de anos-luz de distância do Sistema Solar, na constelação da Ursa Maior. A intrincada e quase perfeita simetria aqui mostrada revela a incrível complexidade da NGC 2985. Vários braços espiralados se esticam ao girar ao redor do núcleo brilhante da galáxia, desaparecendo e dissipando lentamente até que essas estruturas majestosas desaparecem no vazio do espaço intergaláctico, trazendo um belo final ao seu esplendor estrelado. Ao longo do tempo, as galáxias espirais tendem a colidir com outras galáxias, muitas vezes resultando em fusões. Esses eventos de coalescência misturam as estruturas sinuosas das galáxias originais, suavizando e arredondando sua forma. Esses objetos possuem uma beleza p...

Astrônomos mapeiam vasto vazio em nosso bairro cósmico

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Um astrônomo do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí e uma equipe internacional publicou um novo estudo que revela mais do que vasta estrutura cósmica ao redor da Via Láctea.  O universo é uma tapeçaria de congregações de galáxias e vastos vazios. Nesse novo estudo, a equipe de astrônomos aplicou as mesmas ferramentas aplicadas em um estudo anterior para mapear o tamanho e a forma de uma extensa região vazia que eles chamam de Vazio Local que delimita a Via Láctea.  Usando observações de movimento da galáxia, eles inferiram a distribuição de massa responsável por esse movimento e construíram um mapa tridimensional do nosso universo local.  As galáxias não se movem somente com a expansão geral do universo, elas também respondem à força gravitacional de suas galáxias vizinhas e regiões com muita massa. Como consequência disso, elas se movem em direção as áreas mais densas e para longe das regiões com menos massa, os vazios. Embora nós vivemos em um...

Astrônomos ganham novos insights sobre como uma colisão galáctica moldou a Via Láctea

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As galáxias se fundem o tempo todo no universo. Essas colisões cósmicas não são eventos cataclísmicos de um piscar de olhos, mas desenhadas por bilhões de anos. Não importa a escala de tempo, os efeitos dessas fusões são duradouros. A Via Láctea se fundiu com várias pequenas galáxias durante sua longa vida. Um desses eventos foi descoberto em outubro passado . Os astrônomos usaram o observatório espacial Gaia para descobrir evidências de uma fusão passada. A Via Láctea canibalizou a galáxia de Gaia-Enceladus, muito menor, há 10 bilhões de anos. Conforme relatado na Nature Astronomy , uma equipe diferente usou agora mais dados do Gaia para realizar análises adicionais. Os pesquisadores conseguiram determinar as idades de quase 600.000 estrelas. Essas estrelas estão localizadas no disco espesso, na região ao redor do disco delgado onde estão os braços espirais e no halo, a região esférica que envolve toda a galáxia. O observatório de Gaia   mediu a posição precisa, v...