Especial Antimatéria: Desaceleradores e quedas para cima
Este é um desacelerador de partículas para estudar a antimatéria, chamado ELENA, sigla em inglês para anel de antiprótons de extra-baixa energia.[Imagem: Mikkel D. Lund/Wikipédia]
5. Antimatéria pode cair para cima
Partículas de matéria e antimatéria têm a mesma massa, mas diferem em propriedades como carga elétrica e rotação. O Modelo Padrão da física prevê que a gravidade deve ter o mesmo efeito sobre a matéria e a antimatéria. No entanto, isto ainda está para ser comprovado, ou seja, ainda não se sabe exatamente se a antimatéria cai para cima ou para baixo - a rigor, também não se sabe exatamente se a antimatéria pesa mais ou menos do que a matéria. Ocorre que observar o efeito da gravidade sobre a antimatéria não é tão fácil quanto olhar uma maçã caindo da macieira.
Os experimentos precisam manter a antimatéria em uma armadilha ou retardá-la, resfriando-a a temperaturas um pouco acima do zero absoluto. E, como a gravidade é a mais fraca das forças fundamentais, os físicos precisam usar partículas neutras de antimatéria nesses experimentos para evitar interferências pela mais poderosa força elétrica. Até o momento, nenhum experimento conseguiu dar a palavra final nessa situação.
6. Antimatéria é estudada em desaceleradores de antipartículas
Você já ouviu falar dos aceleradores de partículas, mas sabia que também existem desaceleradores de partículas? O CERN possui uma máquina chamada Desacelerador de Antiprótons, um anel de armazenamento que pode capturar e diminuir a velocidade de antiprótons para estudar suas propriedades e comportamento. Nos aceleradores de partículas circulares, como o LHC, as partículas recebem um "empurrão" de energia cada vez que completam uma volta. Os desaceleradores trabalham no sentido inverso; em vez de um impulso de energia, a cada volta as partículas recebem um "resfriamento" para diminuir suas velocidades. O CERN está construindo um novo desacelerador, chamado ELENA - Extra Low Energy Antiproton Ring - anel de antiprótons de extra baixa energia, que deverá facilitar o aprisionamento dos antiprótons entre 10 e 100 vezes. Com mais antimatéria aprisionada, será mais fácil estudá-la.
Fonte: Inovação Tecnológica
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!