Pesquisadores detectam possíveis sinais de matéria escura
Poderia haver, finalmente, uma evidência tangível sobre a existência de matéria escura no Universo? Depois de filtrar porções de dados de raios-X, os cientistas do Laboratório de Partículas de Física e Cosmologia (LPPC) e da Universidade de Leiden da EPFL, acreditam que poderiam ter finalmente identificado o sinal de uma partícula de matéria escura. Esta substância, que até agora tem sido meramente hipotética, não é dirigida por nenhum dos modelos padrões da física que não seja através da força gravitacional. A pesquisa será publicada na próxima semana na Physical Review Letters.Quando os físicos estudaram a dinâmica das galáxias e o movimento das estrelas, eles foram confrontados com um mistério.
Se eles levarem apenas a matéria visível em conta, suas equações simplesmente não iram bater: os elementos que podem ser observados não são suficientes para explicar a rotação de objetos e as forças gravitacionais existentes. Há algo faltando. Então deduziram que deve haver um tipo invisível de matéria que não interage com a luz, mas que, como um todo, interage por meio da força gravitacional. Chamada de “matéria escura“, esta substância parece fazer parte de pelo menos 80% do Universo.
Andrômeda e Perseus
Dois grupos anunciaram recentemente que detectaram sinais. Um deles, conduzido por cientistas da EPFL, Oleg Ruchayskiy e Alexey Boyarsky, também professores da Universidade de Leiden, na Holanda, verificaram através da análise de raios-X emitidos por dois objetos celestes – o aglomerado das galáxias Perseus e a galáxia de Andrômeda. Após terem recolhido milhares de sinais do telescópio XMM-Newton da ESA, foram removidos os sinais provenientes de partículas e os átomos conhecidos, no que restou eles detectaram uma anomalia que, mesmo considerando a possibilidade de erros do instrumento de medição, chamou a atenção.
Andrômeda e Perseus
Dois grupos anunciaram recentemente que detectaram sinais. Um deles, conduzido por cientistas da EPFL, Oleg Ruchayskiy e Alexey Boyarsky, também professores da Universidade de Leiden, na Holanda, verificaram através da análise de raios-X emitidos por dois objetos celestes – o aglomerado das galáxias Perseus e a galáxia de Andrômeda. Após terem recolhido milhares de sinais do telescópio XMM-Newton da ESA, foram removidos os sinais provenientes de partículas e os átomos conhecidos, no que restou eles detectaram uma anomalia que, mesmo considerando a possibilidade de erros do instrumento de medição, chamou a atenção.
O sinal aparece fraco no espectro de raios-X, há uma emissão de fótons atípica que não poderia ser atribuída a qualquer forma conhecida de matéria. Acima de tudo, “a distribuição do sinal dentro da galáxia corresponde exatamente ao que nós estávamos esperando da matéria escura, que é concentrada e intensa no centro de objetos e mais fraca e difusa nas bordas”, explica Ruchayskiy. “Com o objetivo de verificar os nossos achados, verificamos os dados de nossa própria galáxia, a Via Láctea, e fizemos as mesmas observações”, afirma Boyarsky.
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