Galeria de Imagens - Planeta Mercúrio

Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, permanece o mais misterioso dos planetas interiores. Torna-se num alvo difícil dado que se esconde no brilho do Sol. A única sonda a explorar Mercúrio de perto foi a Mariner 10, observando entre 40-45% da sua superfície. As suas fotografias de mais alta resolução registaram características com aproximadamente quilómetros e meio de comprimento. Este mosaico foi um resultado de reanálises dos dados enviados pela Mariner 10. Tal como a Lua, a superfície de Mercúrio mostra cicatrizes de crateras de impacto - as bandas verticais visíveis na imagem do lado representam regiões em que não existem informações recolhidas. A imagem também contém legendas com os nomes das principais características da superfície de Mercúrio.
Crédito: Mariner 10.
A superfície de Mercúrio é muito parecida à nossa Lua. Cada uma é altamente craterada e feita de rocha. O diâmetro de Mercúrio é de aproximadamente 4800 km, enquanto que o da Lua é um pouco menos de 3500 km (comparados com os 12,700 km da Terra). À medida que roda, a sua temperatura da superfície varia entre uns frios -180º C e uns quentíssimos 400º C.
Crédito: Mariner 10, NASA  
Mercúrio é muito mais denso e massivo que qualquer lua, devido a ser principalmente constituído por ferro. De facto, apenas a Terra é mais densa. O local mais perto do Sol na órbita de Mercúrio muda ligeiramente a cada órbita - um facto usado por Albert Einstein para verificar a veracidade da sua nova e descoberta teoria da gravidade: a Relatividade Geral.
Crédito: Mariner 10, NASA
A superfície craterada de Mercúrio, tal como a Lua, sugere um intenso bombardeamento durante o início da história do Sistema Solar. A sonda Mariner 10, em 1974, produziu as únicas imagens de alto detalhe que possuímos da sua superfície torturada. No mosaico do lado os brilhantes raios emanados da cratera Degas com 45 km de diâmetro quase parecem pintados. Estes consistem de material iluminado pela luz que foi expulso durante a formação da cratera. Crateras mais velhas que a Degas estão cobertas por material radial enquanto crateras mais jovens são superimpostas nos raios. A gravidade e densidade de Mercúrio são duas vezes as da Lua, por isso as crateras com raios brilhantes na superfície lunar tendem a ser muito maiores. A missão da NASA, MESSENGER, tem encontro marcado com Mercúrio em 2008, 2009 e 2011.
Crédito: Mariner 10, NASA
Nesta imagem, são visíveis crateras dentro de crateras no canto superior esquerdo. A exterior mede mais ou menos 110 km de diâmetro. As mencionadas crateras estão por sua vez dentro da cratera Dostoevsky, com 230 km - um segmento corre pela parte de baixo da imagem.
Crédito: Mariner 10, NASA
A superfície do planeta Mercúrio tem as suas falhas. Neste caso, "falha" refere-se as invulgares características que são tópico de muita especulação. A falha na imagem do lado é chamada Santa Maria Rupes, e atravessa muitas crateras proeminentes. Pensa-se que seja o resultado de imensas forças de compressão na superfície de Mercúrio. Provavelmente foram criadas por grandes impactos e por um "encolhimento" geral da crosta de Mercúrio, que por sua vez faz com que partes da crosta se elevem sobre as outras partes.
Crédito: NASA, JPL, Mariner 10, Calvin J. Hamilton (LANL)  
A maior característica da superfície de Mercúrio é a Bacia Caloris, que resultou da colisão com um grande asteróide. A bacia, que tem mais de 1000 km de comprimento, contém fendas, crateras e planícies que aumentam de tamanho mais para o centro da bacia. Características similares, como o Mar Oriental, podem ser vistas na Lua. A bacia Caloris torna-se muito quente devido a estar perto do "ponto sub-solar" - o ponto na superfície de Mercúrio que está directamente sobre o Sol quando Mercúrio está mais próximo do Sol.
Crédito: NASA, Mariner 10, Calvin J. Hamilton
"Terreno esquisito" é o que melhor define esta região montanhosa e delineada de Mercúrio. Esta área é a região antípoda da grande Bacia Caloris. A onda de choque provocada pelo impacto do asteróide (que provocou a bacia) foi reflectida e focada no ponto antípoda, remexendo a crosta e quebrando-a numa série de complexos blocos. A área coberta é de cerca de 100 quilómetros de um lado.
Crédito: NASA, Mariner 10, Calvin J. Hamilton  
Esta imagem mostra um desfiladeiro com 450 km chamado Antoniadi. Percorre o lado direito da foto, e atravessa ao meio uma grande cratera com 80 km. Também passa por planícies a Norte e planícies de crateras a Sul.
Crédito: NASA, Mariner 10, Calvin J. Hamilton
No dia 7 de Maio de 2003, o planeta Mercúrio passou em frente do Sol. Devido à órbita de Mercúrio não ser exactamente igual à da Terra, Mercúrio regularmente passa por cima ou por baixo do Sol. A imagem é uma composição de 23 com cerca de 15 minutos de separação. Foi registada na Bélgica. O próximo será a 8 de Novembro de 2006 (este não se vê em Portugal. Terá que esperar até dia 9 de Maio de 2016 para poder observar o seguinte).
Crédito: Dominique Dierick
Impressão de artista da chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio. Lançada a 3 de Agosto de 2004, deverá tornar-se na primeira sonda a orbitar Mercúrio. Fará dois voo rasantes em 2008 e 2009 antes de começar a orbitar em 2011. Será a primeira a visitar Mercúrio depois da Mariner 10 nos anos 70. Espera-se que responda a muitas questões que ajude a melhor entender a formação do Sistema Solar, saber com certeza se existe ou não água gelada, obter imagens de toda a superfície e determinar a composição química e física do planeta.
Crédito: NASA/JHUAPL/CIW
Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/mercurio.htm

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lua eclipsa Saturno

Um rejuvenescimento galáctico

Uma enorme bolha de rádio com 65.000 anos-luz rodeia esta galáxia próxima

Espiral de lado

Planeta Mercúrio

Marte Passando

Observações exploram as propriedades da galáxia espiral gigante UGC 2885

O parceiro secreto de Betelgeuse, Betelbuddy, pode mudar as previsões de supernovas

Telescópio James Webb encontra as primeiras possíveis 'estrelas fracassadas' além da Via Láctea — e elas podem revelar novos segredos do universo primitivo

Telescópio James Webb descobre galáxias brilhantes e antigas que desafiam teorias cósmicas: