VISTA observa as profundezas do Cosmos
Baú do tesouro com novos dados infravermelhos disponível aos astrónomos
A figura acima mostra uma parte da mais ampla imagem profunda do céu já feita utilizando radiação infravermelha. Obtida pelo telescópio VISTA, a imagem mostra a região conhecida como campo COSMOS.Foto: ESO/Divulgação
O telescópio VISTA do ESO criou a maior imagem de campo profundo do céu no infravermelho. Esta nova imagem de uma zona vulgar do céu foi obtida no âmbito do rastreio UltraVISTA e revela-nos mais de 200 000 galáxias. É apenas uma parte de uma enorme coleção de imagens completamente processadas de todos os rastreios VISTA, que foram postas à disposição de todos os astrónomos do mundo pelo ESO. O UltraVISTA é um baú do tesouro que está a ser utilizado no âmbito do estudo de galáxias distantes no Universo primordial, assim como em muitos outros projetos científicos. O telescópio VISTA do ESO foi apontado repetidamente à mesma zona do céu para que acumulasse lentamente a radiação muito fraca emitida pelas galáxias mais distantes.
Para criar esta imagem foram combinadas um total de mais de seis mil exposições separadas, correspondentes a um tempo de exposição efetivo total de 55 horas, obtidas através de cinco filtros de cor diferentes. Esta imagem do rastreio UltraVISTA é a mais profunda alguma vez obtida no infravermelho para uma região do céu deste tamanho. O telescópio VISTA instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, é o maior e mais poderoso telescópio infravermelho de rastreio que existe atualmente. Desde que começou as operações em 2009 a maior parte do seu tempo de observação tem sido dedicado a rastreio públicos, alguns cobrindo grandes zonas do céu austral e outros focando-se em áreas mais pequenas.
O rastreio UltraVISTA tem-se dedicado ao campo COSMOS, uma região do céu aparentemente quase vazia, que já foi extensamente estudada com o auxílio de outros telescópios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. O UltraVISTA é o mais profundo dos seis rastreios VISTA, revelando por isso os objetos mais ténues. Os dados dos rastreios VISTA - num total de mais de 6 terabytes de imagens - estão a ser processados em centros de dados no Reino Unido, e no caso particular do UltraVISTA em França, e começam agora a regressar ao arquivo científico do ESO, onde são postos à disposição dos astrónomos do mundo inteiro.
Para criar esta imagem foram combinadas um total de mais de seis mil exposições separadas, correspondentes a um tempo de exposição efetivo total de 55 horas, obtidas através de cinco filtros de cor diferentes. Esta imagem do rastreio UltraVISTA é a mais profunda alguma vez obtida no infravermelho para uma região do céu deste tamanho. O telescópio VISTA instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, é o maior e mais poderoso telescópio infravermelho de rastreio que existe atualmente. Desde que começou as operações em 2009 a maior parte do seu tempo de observação tem sido dedicado a rastreio públicos, alguns cobrindo grandes zonas do céu austral e outros focando-se em áreas mais pequenas.
O rastreio UltraVISTA tem-se dedicado ao campo COSMOS, uma região do céu aparentemente quase vazia, que já foi extensamente estudada com o auxílio de outros telescópios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. O UltraVISTA é o mais profundo dos seis rastreios VISTA, revelando por isso os objetos mais ténues. Os dados dos rastreios VISTA - num total de mais de 6 terabytes de imagens - estão a ser processados em centros de dados no Reino Unido, e no caso particular do UltraVISTA em França, e começam agora a regressar ao arquivo científico do ESO, onde são postos à disposição dos astrónomos do mundo inteiro.
Este mapa mostra a localização do campo COSMOS na constelação do Sextante. O mapa apresenta a maioria das estrelas visíveis a olho nu com boas condições atmosféricas. O campo COSMOS está marcado com um quadrado azul. Através de um pequeno telescópio não se distingue nada excepto umas quantas estrelas ténues, no entanto este pequeno pedaço do céu tem sido estudado em grande detalhe com a ajuda de telescópios tanto no solo como no espaço.Créditos: ESO, IAU and Sky & Telescope
À primeira vista, a imagem UltraVISTA parece banal, apresentando umas quantas estrelas brilhantes e um salpicado de outras mais ténues. No entanto, quase todos os objetos mais ténues não são estrelas da Via Láctea, mas sim galáxias muito remotas, cada uma contendo milhares de milhões de estrelas. Aumentando a imagem de modo a encher o écran e fazendo um zoom, podemos observar cada vez mais objetos, sendo que a imagem apresenta mais de 200 000 galáxias no total. A expansão do Universo desloca a radiação emitida por objetos distantes na direção dos grandes comprimentos de onda, o que significa que, e para a radiação estelar emitida pelas galáxias mais distantes que conseguimos observar, uma grande parte desta radiação, quando chega à Terra, se encontra na região infravermelha do espectro.
Como telescópio infravermelho altamente sensível que é e possuindo um campo de visão muito grande, o VISTA está particularmente bem apetrechado para descobrir estas galáxias distantes do Universo primordial. Ao estudar galáxias com a radiação deslocada para o vermelho, a distâncias sucessivamente maiores, os astrónomos podem igualmente estudar como é que as galáxias se formam e evoluem ao longo da história do cosmos. Uma inspeção detalhada da imagem revela-nos dezenas de milhares de objetos avermelhados anteriormente desconhecidos espalhados no meio das mais numerosas galáxias de cor creme. São essencialmente galáxias muito remotas que estamos a observar quando o Universo tinha apenas uma pequena fracção da sua idade atual.
Estudos anteriores das imagens do UltraVISTA, combinadas com imagens de outros telescópios, revelaram a presença de muitas galáxias que são observadas quando o Universo tinha menos de um milhar de milhão de anos e algumas são observadas ainda em tempos mais remotos. Embora esta imagem UltraVISTA seja já a imagem infravermelha deste tamanho mais profunda que existe, as observações continuam. O resultado final, daqui a alguns anos, será uma imagem significativamente mais profunda. Os rastreios são indispensáveis aos astrónomos e por isso o ESO organizou um programa que permitirá que a vasta herança de dados, tanto do VISTA como do seu companheiro na radiação visível, o VLT Survey Telescope, esteja à disposição dos astrónomos durante as próximas décadas.
Fonte: http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1213/Como telescópio infravermelho altamente sensível que é e possuindo um campo de visão muito grande, o VISTA está particularmente bem apetrechado para descobrir estas galáxias distantes do Universo primordial. Ao estudar galáxias com a radiação deslocada para o vermelho, a distâncias sucessivamente maiores, os astrónomos podem igualmente estudar como é que as galáxias se formam e evoluem ao longo da história do cosmos. Uma inspeção detalhada da imagem revela-nos dezenas de milhares de objetos avermelhados anteriormente desconhecidos espalhados no meio das mais numerosas galáxias de cor creme. São essencialmente galáxias muito remotas que estamos a observar quando o Universo tinha apenas uma pequena fracção da sua idade atual.
Estudos anteriores das imagens do UltraVISTA, combinadas com imagens de outros telescópios, revelaram a presença de muitas galáxias que são observadas quando o Universo tinha menos de um milhar de milhão de anos e algumas são observadas ainda em tempos mais remotos. Embora esta imagem UltraVISTA seja já a imagem infravermelha deste tamanho mais profunda que existe, as observações continuam. O resultado final, daqui a alguns anos, será uma imagem significativamente mais profunda. Os rastreios são indispensáveis aos astrónomos e por isso o ESO organizou um programa que permitirá que a vasta herança de dados, tanto do VISTA como do seu companheiro na radiação visível, o VLT Survey Telescope, esteja à disposição dos astrónomos durante as próximas décadas.
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