Asteroide de 5 km vai passar ‘raspando’ na Terra antes do Natal
Objeto é conhecido como 3200
Phaeton e, em meados de dezembro, passará a 10 milhões de quilômetros do nosso
planeta - relativamente perto, segundo as proporções científicas. Uma rocha espacial de cerca de
5km de extensão passará "de raspão" na Terra, de acordo com as
proporções espaciais.
O asteroide 3200 Phaeton deve
ficar a cerca de 10 milhões de quilômetros do nosso planeta em 16 de dezembro.
A distância absoluta pode parecer grande, mas é 27 vezes mais perto od que a
distância do nosso planeta para a Lua.
A extensão do objeto é o
equivalente a quase duas vezes o tamanho da avenida Paulista, no centro de São
Paulo. Equivale também à distância do estádio Mané Garrincha ao Congresso
Nacional, em Brasília (DF).
Segundo a Nasa (agência espacial
dos EUA), não há motivo para pânico, porém: é extremamente improvável que haja
qualquer dano ao nosso planeta com a passagem do Phaeton.
Ainda segundo a Nasa, a passagem
do Phaeton permitirá observações bastante precisas a partir dos observatórios
de Arecibo (em Porto Rico) e Goldstone (na Califórnia). "As imagens serão
excelentes para obter um modelo 3D detalhado" do objeto espacial, disse a
agência espacial em comunicado.
A inspiração do nome Phaeton vem
da mitologia grega. Para os gregos antigos, o deus Hélio (que representava o
Sol) não andava a pé: a divindade atravessava o céu do nascente ao poente em
uma carruagem, puxada por quatro cavalos. Até que um filho de Hélio, Faeton, pegou
o veículo emprestado para "dar um rolê". Ele acaba perdendo o
controle dos animais e quase põe fogo na Terra. Para evitar o desastre, Zeus
precisa destruir a carruagem com um raio, e acaba matando Fáeton no caminho.
Asteroide ou cometa?
Os cientistas acreditam que o
Phaeton seja o responsável pelas chuvas de meteoros das Geminíadas, observadas
todos os anos nos dias 13 e 14 de dezembro. É que a órbita do Phaeton é muito
similar às dos meteoros das Geminíadas.
Só que chuvas de meteoros
geralmente são causadas por cometas - que têm uma "cauda" ou
"rabo" formado por estilhaços e gelo, o que não é o caso do Phaeton.
A hipótese é de que Phaeton esteja literalmente "quebrando" aos
poucos, o que faz com que ele apresente atividade típica dos cometas em algumas
ocasiões. Esta é mais uma questão a ser estudada agora em dezembro.
Próxima aproximação: 2050
A aparição de 2017 será a mais
próxima da Terra desde a descoberta do asteroide, em 1983, diz a Nasa. É
possível, assim, que o objeto fique visível até mesmo para observadores armados
apenas de telescópios pequenos. Para isso, porém, é preciso que a pessoa tenha
experiência nesse tipo de observação e esteja em um local escuro o suficiente
(como na zona rural).
A última passagem próxima do
asteroide ocorreu em 2007.
De acordo com os cálculos da
Nasa, o Phaeton só voltará a se aproximar tanto da Terra em 2050. E, em 14 de
dezembro de 2093, ele passará a apenas 1,9 milhão de quilômetros do nosso
planeta (o que não significa que seremos atingidos, segundo a Nasa).
Por causa da sua trajetória, o
asteroide é classificado como o terceiro maior Asteroide Possivelmente Danoso
(PHA, na sigla em inglês) identificado. Os outros dois são o 53319 1999 JM8
(cerca de 7 km de extensão) e o 4183 Cuno (cerca de 5,6 km).
Fonte: https://g1.globo.com
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