Pequenos buracos negros são mais mortais do que se pensava anteriormente
Cientistas descobriram um buraco
negro incrivelmente brilhante e energético em uma galáxia a 22 milhões de
anos-luz de distância da Terra. Naturalmente, assumiram que era um buraco negro
supermassivo. O estranho que é observações mostram que é na verdade muito
pequeno – jogando nossas concepções para fora da janela. Os buracos negros vêm em dois
tipos, possivelmente três (ou quatro). Temos o tipo supermassivo, encontrado
geralmente no núcleo de uma galáxia. Como o próprio nome sugere, esses são
absolutamente enormes, pesando cerca de um bilhão de vezes a massa do nosso
sol. No outro lado do espectro estão os buracos negros de massa estelar ou
pequenos, objetos com uma massa comparável à do nosso sol.
Depois, há buracos negros de médio
porte, ou buracos negros de massa intermediária (IMBH, na sigla em inglês), com
cerca de 10 a 100 vezes a massa do nosso sol. Os astrônomos também acreditam
que existem outros buracos negros médios lá fora, pesando algo entre 20.000 a
90.000 vezes a massa do sol. No entanto, mais observações são necessárias para
confirmar esta teoria.
Pequenos buracos negros são
conhecidos por seus raios-X de alta energia, enquanto buracos negros maiores
emitem raios-X de baixa energia. Também conhecidos como raios-X duros e moles,
essas emissões não são causadas pelo próprio buraco negro, mas pela massa da
matéria que gira ao seu redor. Assim, quanto menor a energia de raios-X, maior
o buraco negro.
O que nos leva para o buraco
negro bizarro recentemente encontrado, o M101 ULX-1. Ele parece estar emitindo
raios-X de baixa energia e é 100 vezes mais brilhante do que o habitual,
designando, assim, o sistema de uma fonte de raios-X ultraluminosa. Buracos
negros de massa estelar não podem emitir flashes tão brilhantes – a não ser que
estejam consumindo massa a uma taxa inesperadamente superior.
Astrônomos pensavam que o M101
ULX-1 era um IMBH, ou seja, um buraco negro intermediário, mas novas
observações contam outra história – ele na verdade é um pequeno buraco negro, com
cerca de 20 a 30 vezes a massa do sol (e, possivelmente, tão pequeno quanto 5
vezes maior que o nosso sol). Os cientistas determinaram isso
depois de confirmar que o sistema consiste de um buraco negro e uma estrela
companheira. Como eles foram capazes de ver quantas vezes o buraco negro e a
estrela orbitam em torno de si – uma vez a cada 8,2 dias -, também foram
capazes de calcular a massa do buraco negro.
Uma teoria para explicar a
anomalia é que fortes ventos estelares do sistema em que o buraco negro se
encontra o alimenta o suficiente para causar essas emissões exageradas. E, de
fato, o estudo mostrou que M101 ULX-1 pode capturar mais material de ventos estelares
do que os astrônomos tinham antecipado.
Mas os cientistas continuam
confusos, porque a observação também sugere que IMBHs podem não existir. Se
esse for o caso, precisaríamos reformular o que sabemos sobre buracos negros. Os astrônomos agora terão que se
concentrar em outras localidades para as quais tem havido evidências indiretas
dessa classe de buracos negros [para ver se realmente existem]”, explicou o
membro da equipe de pesquisa Joel Bregman.
Fonte: https://io9.gizmodo.com
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