Rotação do universo poderia explicar a tensão de Hubble; entenda
Há algum tempo, cientistas estudam a hipótese de que o universo pode estar girando, de forma semelhante ao movimento da Terra. Agora, essa ideia está ganhando mais adeptos. Segundo um estudo recente realizado por pesquisadores do Instituto de Astronomia de Manoa, da Universidade do Havaí, talvez exista uma rotação do universo.
A imagem apresenta a galáxia com
rotação espiral M51; será que o universo poderia girar dessa mesma forma?
(Fonte: NASA)
Em um artigo publicado na Monthly
Notices of the Royal Astronomical Society, os cientistas propuseram um modelo
de universo com rotação e, até o momento, a matemática por trás dele parece
estar correta.
Essa informação poderia
revolucionar a ciência, já que as teorias atuais indicam que o universo não
gira, ele apenas se expande de forma uniforme em todas as direções. Apesar das
teorias aceitas explicarem a maioria das observações astronômicas, elas não
resolvem o que é conhecido como tensão de Hubble.
A tensão de Hubble é uma
discrepância nos valores da taxa de expansão do universo, o que sugere a
existência de algum fenômeno ainda desconhecido pela astronomia. Talvez, esse
fenômeno seja o giro do universo.
"Para nossa surpresa,
descobrimos que nosso modelo com rotação resolve o paradoxo sem contradizer as
medições astronômicas atuais. Melhor ainda, é compatível com outros modelos que
pressupõem rotação. Portanto, talvez tudo realmente gire", disse um dos
autores do estudo, István Szapudi, em comunicado oficial.
Tensão de Hubble e rotação do
universo
Sabemos que o universo está se
expandindo, mas os diferentes métodos de medição dessa expansão mostram taxas
diferentes; essa é a tensão de Hubble. O novo estudo teoriza que a rotação do
cosmos poderia explicar esse problema.
No modelo matemático, os
pesquisadores utilizaram todas as leis clássicas da física, mas adicionaram uma
pequena rotação ao universo. Eles perceberam que essa rotação lenta resolveu,
do ponto de vista matemático, o problema da tensão de Hubble — sem causar
contradições com as equações atuais.
De acordo com os resultados do
modelo, o universo poderia completar uma rotação aproximadamente a cada 500
bilhões de anos.
Talvez por ser tão lento, esse
movimento não seja facilmente detectado pelos instrumentos espaciais atuais.
Contudo, mesmo com essa baixa velocidade, a rotação seria suficiente para
impulsionar a expansão do cosmos, como observamos hoje.
De qualquer forma, é importante
destacar que o modelo matemático ainda não é suficiente para confirmar se essa
rotação do universo realmente existe.
Por isso, os cientistas planejam
desenvolver um modelo computacional mais completo, com todos os dados
necessários para tentar encontrar evidências desse suposto giro cósmico.
“Analisamos a evolução temporal
do parâmetro de Hubble dentro do modelo Euler–Poisson, com uma escala do tipo
Sedov autossimilar e dependente do tempo, aplicada a uma equação de estado
linearizada para um fluido escuro. Esse modelo é consistente com a cosmologia
de Newton–Friedmann quando o momento angular é zero, e facilita a análise de
cosmologias com rotação lenta”, os cientistas descrevem na conclusão do artigo.
A tensão de Hubble intriga os
cientistas por causa da diferença nos valores observados para a taxa de
expansão do universo. Quer saber mais? Entenda o que é a Constante de Hubble.
Até a próxima!
Msn.com

Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!