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Telescópio do ESO observa exoplaneta onde chove ferro

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Com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do ESO, pesquisadores observaram um planeta extremo onde suspeitam que chova ferro. O exoplaneta gigante ultra-quente tem um lado diurno onde as temperaturas sobem acima de 2400º Celsius, ou seja, suficientemente altas para vaporizar metais. Ventos fortes transportam vapor de ferro para o lado noturno mais frio, onde este vapor condensa em gotas de ferro. “Podemos dizer que este planeta é chuvoso ao final da tarde, a diferença é que a chuva é de ferro,” disse David Ehrenreich, professor na Universidade de Genebra, Suíça, que liderou um estudo sobre este exoplaneta exótico, publicado hoje na revista Nature. Conhecido por WASP-76b, o exoplaneta está localizado a cerca de 640 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Peixes. Este estranho fenômeno ocorre porque o planeta da “chuva de ferro” apenas mostra uma face, o lado diurno, à sua estrela-mãe, estando o lado noturno sempre na escuridão. Tal como a Lua que orbita em torno

Primeiros nomes oficiais dados a características da superfície de Bennu

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Este mosaico do asteroide Bennu mostra as localizações das primeiras 12 características à superfície que receberam nomes oficiais da União Astronómica Internacional. Os nomes aceites foram propostos por membros da equipa OSIRIS-REx da NASA, que têm vindo a mapear o asteroide em detalhe ao longo do último ano. As características à superfície de Bennu têm o nome de pássaros, criaturas parecidas com pássaros e de lugares a eles associados na mitologia. Crédito: NASA/Goddard/Universidade do Arizona O pedregulho mais proeminente do asteroide Bennu, um pedaço de rocha que se estende 21,7 m a partir do hemisfério sul do objeto, finalmente tem um nome. A rocha - que é tão grande que foi inicialmente detetada na Terra - tem a designação oficial Benben Saxum, em honra à colina primordial que surgiu das águas escuras de um antigo mito egípcio da criação. Benben Saxum e outras 11 características do asteroide são as primeiras a receber nomes oficiais aprovados pela UAI (União Astronó

Identificada nova partícula subatômica candidata à matéria escura

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A matéria escura – um dos maiores enigmas sem resposta da Física – acaba de ganhar uma nova candidata. Trata-se de uma partícula subatômica chamada d-Estrela Hexaquark, que, segundo apontaram simulações e cálculos realizados por físicos da Universidade de York (Reino Unido), quando se condensa em grupos, parece se encaixar no modelo requerido para explicar a existência da misteriosa matéria escura. Candidata O conceito de matéria escura foi proposto há décadas, lá nos anos 1930, para a explicar a existência de algo no Universo que cria mais massa do que pode ser observado de forma direta – uma vez que esse “algo” não emite, absorve ou reflete qualquer tipo de radiação eletromagnética. No entanto, os cientistas sabem que essa “entidade” está lá porque os seus efeitos gravitacionais são bastante fortes e podem ser detectados. Tanto que, conforme estimativas, até 85% da matéria no Universo poderia ser composta com esse elemento misterioso. Ao longo dos anos, várias partíc

Hipótese de que a Lua se formou após impacto de Theia com a Terra é fortalecida

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Concepção artística da formação da Lua após o choque da proto-Terra com o planeta Theia (Imagem: American Museum of Natural History) Um estudo traz novas evidências que sustentam a hipótese de que a Lua surgiu a partir de um grande impacto entre a Terra e outro planeta, chamado Theia. É que estudos recentes apontaram que essa hipótese poderia estar errada, mas novas análises do material lunar trouxeram outra perspectiva sobre o assunto. A hipótese do grande impacto tem sido a mais aceita por um bom tempo. De acordo com os modelos computacionais, a Terra ainda era um protoplaneta, ou seja, estava em seus estágios iniciais de formação, quando um corpo do tamanho de Marte, chamado Theia - apelido em homenagem à mãe da deusa da Lua na mitologia grega - teria então colidido com a jovem Terra. Os detritos desse impacto teriam formado a Lua. Nos últimos anos, entretanto, evidências e estudos contestaram a hipótese do grande impacto. Uma dessas pesquisas revelou que amostras d

Alinhamento planetário favorece envio de nave a Urano e Netuno nos anos 2030

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Na próxima década, teremos uma chance rara de fazer com que naves espaciais cheguem a Urano e Netuno mais rapidamente. É que um alinhamento planetário entre ambos e Júpiter acontecerá o início de 2030, permitindo que uma espaçonave use a ação gravitacional do maior gigante gasoso como um impulso e tanto para chegar aos dois últimos planetas do Sistema Solar. Só que, para isso, tais missões já deveriam estar ao menos na mesa de projetos — do contrário, não haverá tempo hábil para aproveitar a oportunidade. Aproveitar essa chance significa, além de uma viagem mais curta (e, portanto, estudos científicos e descobertas demorariam menos para acontecer), economia de combustível, pois a nave usaria menos combustível em sua viagem ao se aproveitar do impulso gravitacional joviano. Outra consequência de se carregar menos combustível é ganhar espaço para levar a bordo ainda mais instrumentos científicos. Para tirar proveito desse alinhamento planetário, uma missão para Urano e Netu

A Busca Por Distantes Aglomerados De Galáxias

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A distorção gravitacional da luz da estrela distante é causada por um aglomerado de galáxias localizado a aproximadamente 4 bilhões de anos-luz de distância da Terra, visível no centro da imagem. Aglomerados de galáxias são os maiores sistemas mantidos pela gravidade no universo, e a sua abundância e a distribuição podem revelar informações sobre como o universo se expande e como a sua estrutura se formou e evoluiu. Uma equipe de astrônomos usando o South Pole Telescope recentemente, conduziu uma nova pesquisa, chamada de SPTpol Extended Cluster Survey, onde vasculhou 2770 graus quadrados do céu, caçando assinaturas que os aglomerados de galáxias imprimem no espectro da radiação cósmica de fundo. A equipe descobriu 266 candidatos a aglomerados, 244 deles já tinham sido confirmados visualmente por dados de arquivos e observações complementares, como o mostrado acima. A imagem acima foi feita com o imageador PISCO, instalado no Telescópio Magellan/Clay de 6.5 m de diâmetro que fica

ALMA avista estrela idosa e metamorfósica

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Imagem ALMA do velho sistema W43A. A alta velocidade dos jatos bipolares ejetados da estrela antiga central podem ser vistos a azul, os fluxos de baixa velocidade têm cor verde e as nuvens poeirentas incorporadas pelos jatos estão a laranja. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), Tafoya et al. Usando o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), uma equipe internacional de astrónomos capturou o momento exato em que uma estrela antiga começa a alterar o seu ambiente. A estrela ejetou jatos velozes e bipolares de gás que estão agora a colidir com o material circundante; a idade estimada do jato observado corresponde a menos de 60 anos. Estas são características-chave para entender como são produzidas as formas complexas das nebulosas planetárias.   As estrelas parecidas com o Sol evoluem para gigantes vermelhas e inchadas na fase final das suas vidas. Aí, a estrela expele gás para formar um remanescente chamado nebulosa planetária. Existe uma grande variedade nas formas das