Fenômeno astronômico: Lua passa perto de estrelas gigantes
Além da beleza do fenômeno,
observar essas “aproximações” é um exercício de perspectiva cósmica.
Fique atento ao céu (e à imaginação)! Nos dias 6 e 9 de junho, dois belos eventos astronômicos poderão ser observados a olho nu no Brasil: a Lua estará visivelmente próxima de duas estrelas marcantes, Spica, da constelação de Virgem, e Antares, da constelação de Escorpião.
Lua e Spica, um “encontro”
de tirar o fôlego
Logo após o pôr do sol do dia 6,
mesmo em cidades com poluição luminosa, será possível ver a Lua se aproximando
visualmente da estrela Spica, a mais brilhante da constelação de Virgem. Mas
atenção: essa proximidade é apenas aparente. Spica está a impressionantes 250
anos-luz da Terra, o que equivale a cerca de 2,36 quatrilhões de quilômetros!
Já a Lua estará bem mais perto: a “apenas” 399 mil quilômetros de nós.
E o que torna Spica ainda mais
incrível? Ela não é uma estrela comum, mas sim um sistema duplo, são duas
estrelas orbitando uma à outra a cada 4 dias. A estrela principal é uma gigante
azul, com temperatura de 22,4 mil °C, quase quatro vezes mais quente que o Sol
e cerca de 10 mil vezes mais luminosa.
Lua e Antares, o gigante
escarlate
Três noites depois, no dia 9, a
Lua fará uma nova aproximação aparente, desta vez com Antares, a estrela mais
brilhante da constelação do Escorpião. Assim como Spica, Antares está a uma
distância absurda: 553 anos-luz (mais de 5,2 quatrilhões de quilômetros). A
Lua, por sua vez, estará a cerca de 398 mil quilômetros da Terra.
O que mais impressiona em Antares
é o seu tamanho: trata-se de uma supergigante vermelha com aproximadamente 800
vezes o diâmetro do Sol, tão grande que, se estivesse no lugar do Sol,
ultrapassaria a órbita de Marte.
Além da beleza do fenômeno,
observar essas “aproximações” é um exercício de perspectiva cósmica. Olhar para
essas estrelas é literalmente enxergar o passado, a luz de Spica que vemos saiu
de lá quando Dom Pedro I ainda era imperador. Já a luz de Antares partiu quando
o Brasil sequer tinha entrado no século XX.
Então, aproveite essas noites de
junho para olhar para o céu e se lembrar do quão pequeno é o nosso mundo diante
da grandiosidade do Universo.
Msn.com

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