O QUE SÃO: Quasares, Blazares, Pulsares e Magnetares
Os corpos celestes recebem
diversas denominações, as quais dependem de sua origem, composição, órbita,
etc. Alguns desses objetos não têm uma definição de diferença muito bem
estabelecida, uma vez que podem ser parecidos, ou terem semelhanças de uma
forma ou de outra. Vejamos a definição, com
destaque para a diferença, entre magnetares, pulsares, blazares e quasares, que são
alguns dos objetos mais extremos e desafiadores para a astrofísica.
Quasares
Mas espere ai...O que é esse
tal desvio para o vermelho? Calma, vamos deixar as coisas bem claras. Primeiro
o termo é bem mais visto na sua tradução inglesa (Redshift), para explicar o
redshift é preciso explicar o conceito de velocidade aparente.
"Se dois corpos de movem
no mesmo sentido e na mesma velocidade, a impressão que os dois corpos tem é
que o seu oposto está parado. Se dois corpos se movem em mesmo sentido em
velocidades diferentes o corpo que está atrás verá o corpo a frente em uma
outra velocidade que corresponderá a velocidade de si mesmo menos a velocidade
do outro corpo, em módulo. Finalmente, se dois corpos se movem em sentidos
opostos e com velocidades diferentes os corpos verão o outro com uma outra
velocidade, equivalente para ambos os observadores, que vale a soma da
velocidade de cada corpo."
Agora imagine esses corpos no
espaço. Além da velocidade de cada um, também existe a expansão do universo,
isso afeta a forma das ondas de luz, fazendo-as ficarem mais lentas (com maior
amplitude), a cor para a onda mais lenta é vermelho. Dai o nome do efeito.
Com um valor alto de
redshift, identificar um corpo torna-se muito complicado. Devido a isso, a
natureza deles só foi confirmada depois de 1980, como uma região compacta com
10 a 10,000 vezes o raio de Schwarzschild do buraco negro supermassivo de uma
galáxia (o centro de uma galáxia). Os quasares se encontra entre 600 milhões à
28 bilhões de anos-luz de distância, ainda estando tão longe (o que é ótimo,
pois tanta energia poderia desestabilizar nosso sistema), não há como negar que
são verdadeiras obras de arte do universo.
Blazares
Outro corpo celeste muito
interessante, que é, estruturalmente, uma forma compactada de um quasar. Este
corpo possui, na verdade é a denominação para um conjunto de corpos com
características parecidas: seja quasar variavelmente violento opticamente (com
ondas luminosas que mudam em 50% durante um dia terrestre) ou de um objeto BL
Lac (uma galáxia ativa, com núcleo galático ativo, que possui grande variação
no fluxo enérgico e polarização óptica significativa). Unindo o nome dos dois
corpos e: Blazar!
Tais mudanças são
extremamente importantes e tidas como alguns dos fenômenos mais violentos do
universo, ainda que não muito abordado, é um grande objeto de estudo dos
astrônomos e físicos na área de astronomia extragaláctica.
Estrelas de Nêutrons:
Antes de explicar o próximo
assunto, devemos ver sobre este outro corpo. Uma estrela de nêutron (ou
neutrão, um nome alternativo) é um corpo supermassivo, exageradamente compactos
e com gravidade assustadoramente alta (algo em torno de 1 bilhão de vezes a
atmosfera terrestre, qualquer corpo que lá pisasse seria condensado a um mero
ponto em milésimos de segundo). A densidade no centro desse corpo é torno de 10
elevado a 9 TONELADAS por centímetro cúbico. Isso significa que uma colher de
chá da matéria de uma estrela de nêutron não seria erguida nem por toda a
população da Terra.
A gravidade é tão grande que
algumas vezes desvia raios luminosos, causando aberrações cromáticas. Esses
estrelas são vistas como um dos últimos estágios de uma estrela, elas nascem
após uma estrela com massa superior ou igual a 8 sois perder o seu combustível
e sofrer uma supernova.
Com a explosão da supernova,
as camadas mais externas são ejetadas, criando uma grande bolsa de gás chamada
remanescente de supernova. Pouco antes dessa explosão a estrela se contrai, e
com a nova gravidade gerada pela compactação, os elétrons são empurrados para o
núcleo, onde se fundem com os prótons, gerando nêutrons que juntar-se-ão com os
já existentes no núcleo, gerando um agregado massivo, uma estrela de nêutron.
Pulsares
Pulsares são estrelas de
nêutrons muito pequenas e mais densas. Essas estrelas possuem duas fontes de
radiação (eletromagnética): a primeira é chamada de radiação síncrotron é
emitida por partículas presas ao campo magnético dessas estrelas. A segunda é a
radiação térmica que composta por raios-x, radiação óptica, etc. Essa radiação
ocorre devido ao choque de partículas com a superfície junto aos pólos dessa
estrelas.
Com o desalinhamento entre o
eixo magnético e o de rotação, a estrela emite uma enorme quantidade de
radiação pelos pólos, que varre diferentes direções no espaço, sendo assim só
podemos detectar as estrelas de nêutrons quando nosso planeta está na direção
da radiação emitida pela estrela. Essa radiação recebe o nome de pulso, pois
vem até nós como uma série de pulsos eletromagnéticos. Dai o nome de Pulsar.
O pulsar emite um fluxo de
energia constante. Essa energia é concentrada em um fluxo de partículas
eletromagnéticas. Quando a estrela gira, o feixe de energia é espalhado no
espaço, como a luz de um farol. Somente quando o feixe incide sobre a Terra é
que podemos detectar os pulsares através de radiotelescópios.
Magnetares
O que acontece com o magnetar
ainda é confuso na cabeça de muitos astrônomos e físicos. São estrelas e
nêutrons compactas com cerca de 15 quimômetros de diâmetro (A Terra possui
12000), mas seu campo magnético é cerca de MIL vezes maior que de uma estrela
de nêutron comum.
No entanto, existe certa
controvérsia a respeito de que as estrela de nêutrons podem ser tão magnéticas.
Assim, os candidatos a magnetares são frequentemente referidos na literatura
científica como Repetidores de Raios Gama (SGR) ou Pulsares de Raios-X Anômalos
(AXP), dependendo das características das suas erupções. Em 2002, os membros de
uma equipe de observação ajudaram a estabelecer a ligação entre SGRs e AXPs.
Apesar de toda a sua energia,
os magnetares não são sempre objetos brilhantes. A oportunidade de os estudar
acontece quando surgem, sem aviso, erupções que podem durar desde horas a
meses, e que emitem luz visível e noutros comprimentos de onda. O magnetar 1E
2259+586 acendeu-se repentinamente em Junho de 2002. Foram obtidos dados de
cerca de 80 erupções ocorridas num intervalo de 4 horas. Desde então, nenhuma
outra erupção foi detectada. As mesmas variações de emissões aconteceram há 12
anos e permaneceram um mistério até este estudo.
Magnetares não são meros
suprassumos magnéticos que possamos conhecer. São formas de estrelas que
apresentam uma maneira completamente nova de brilhar, a fusão nuclear, a
rotação e a acreção (acumulo de matéria na superfície).
Em 21 de fevereiro de 2008
foi anunciado que a NASA e a Universidade McGill pesquisadores haviam
descoberto uma estrela de nêutrons que havia sido temporariamente alterada a
partir de um pulsar de um magnetar. Isto indica que magnetares não são apenas
um tipo raro de pulsares, mas pode ser um (possivelmente reversível) fase na
vida de pelo menos alguns pulsares.
Fontes: Space.com
Phys.org
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