Achado primeiro planeta extra-solar habitável
Situado a 20,5 anos-luz do Sol, Gliese 581c teria condições de
brigar água líquida em sua superfície.
Representação artística do sistema planetário em órbita da estrela Gliese 581. No primeiro plano, o planeta extra-solar recém-descoberto, capaz de ter água líquida em sua superfície (arte: ESO).
A superfície do planeta deve ser rochosa ou coberta por oceanos, de acordo com modelos usados pela equipe de Stéphane Udry, do Observatório de Genebra (Suíça), responsável pela descoberta. Os pesquisadores submeteram um artigo que descreve o novo astro para publicação na revista Astronomy and Astrophysics . Gliese 581c foi identificado por um aparelho acoplado a um telescópio do Observatório do Sul da Europa situado no Chile. “O instrumento mede variações na velocidade radial da estrela provocadas pela atração gravitacional que o planeta exerce sobre ela”, explica à CH On-line Thierry Forveille, astrônomo do Observatório de Grenoble (França) e co-autor do estudo. “O método é o mesmo usado na descoberta da maior parte dos planetas extra-solares, mas os avanços na precisão das medições têm permitido encontrar planetas de massa menor.”
Situada a 20,5 anos-luz do Sistema Solar, a Gliese 581 é uma das cem estrelas mais próximas do Sol (foto: Digital Sky Survey).
Sistema com três planetas
A mesma equipe havia identificado há dois anos um outro planeta na órbita da Gliese 581, com massa 15 vezes maior que a da Terra, similar à de Netuno. Novas medições acabaram mostrando que havia mais dois planetas no sistema – além do Gliese 581c, o grupo descreve no mesmo artigo um terceiro planeta, com massa oito vezes maior que a da Terra. A equipe espera confirmar em breve que há água líquida na superfície do novo astro. “Se tivemos sorte, a orientação da órbita de Gliese 581c permitirá que comparemos a luz da estrela quando o planeta está diante e atrás dela. Com isso, poderemos isolar a luz do planeta e, assim, identificar assinaturas específicas da sua atmosfera e da água em particular”, conta Forveille. O francês reconhece, no entanto, que a probabilidade de que o grupo tenha essa sorte é de apenas alguns pontos percentuais. “Caso isso seja impossível, teremos que esperar o desenvolvimento de instrumentos e satélites que permitam analisar sinais fracos ao lado de sinais muito mais brilhantes, o que pode demorar mais alguns anos.”
Fonte:Ciência Hoje On-line
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!