Cinturão de Kuiper


O Cinturão de Kuiper é uma zona do sistema solar que se estende além da órbita de Netuno, entre 30 a 50 UA (4,5 a 7,5 bilhões de quilômetros). Esta zona em forma de anel é sem dúvida composta por mais de 35 mil objetos, com pelo menos 100 quilômetros de diâmetro, essencialmente situado nas vizinhanças do plano da eclíptica. Sua massa total é portanto várias centenas de vezes superior à do cinturão principal de asteróides situado entre Marte e Júpiter. Trata-se certamente dos últimos vestígios do disco de acreção que deu origem ao sistema solar. As regiões mais densas, no interior do disco se condensaram sob a forma de planetas enquanto as do bordo externo, mais difuso, produziram um grande número de pequenos objetos.

Descoberta
Em 1992, um corpo celeste denominado (15760) 1992 QB1 foi descoberto além das órbitas de Plutão e Netuno. Nos decênios seguintes descobriram-se várias centenas de outros. Esses objetos constituem amostras do Cinturão de Kuiper assim designado em homenagem ao astrônomo norte-americano de origem holandesa Gerard Kuiper, o primeiro a defender a sua existência desde 1951. Ele descreveu-o como a fonte dos cometas de curto período (daqueles que giram ao redor do Sol em menos de 200 anos).

Composição
É difícil conhecer a composição de objetos tão afastados. No entanto, várias análises espectroscópicas desses objetos foram realizadas. Alguns objetos tais, como: (15789) 1993 SC, parecem recobertos de metano e outros hidrocarbonetos leves. Por outro lado, os objetos como (19308) 1996 TO66 parecem possuir uma superfície de água congelada. No momento, tudo que se conhece a respeito deles só será esclarecido graças ao sobrevôo de sondas interplanetárias que poderão recriar o nosso conhecimento em relação a essa composição.  
 
Limite exterior do Cinturão de Kuiper
Desde 1998, uma nítida queda ocorreu no número de objetos observados além de uma distância de 47 UA (5 bilhões de quilômetros). Isso não parece ser uma falha de observação; se bem que os astrônomos não estejam de acordo com esta explicação, isto parece sugerir que o Cinturão de Kuiper termina por volta de 50 UA. No entanto, esta ilação não significa que não existe nenhum objeto além desse limite. Aliás, nada exclui a existência de um segundo Cinturão de Kuiper mais distante. Com efeito, a descoberta de (90377) Sedna, em 2004, parece confirmar a existência de objetos entre o Cinturão de Kuiper e a Nuvem de Oort. (RRFM)
Créditos:wikipedia

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