A maior explosão estelar do Universo

O telescópio espacial Chandra, da agência espacial norte-americana, registou a explosão estelar mais brilhante de sempre. A descoberta pode revelar a existência de um novo tipo de supernova. A enorme estrela, baptizada de SN2006gy, é cem vezes mais energética do que uma supernova comum e 150 vezes mais maciça do que o Sol. A sua dimensão, semelhante à primeira geração de estrelas do Universo, permite compreender como morreram as primeiras estrelas. Uma supernova ocorre quando a estrela esgota o seu combustível e entra em colapso através da acção da sua própria gravidade. Mas neste caso, o processo pode ter sido diferente.

Os astrónomos da NASA acreditam que a produção excessiva de raios gama pelo núcleo da estrela pode ter causado uma perda de energia que levou ao seu colapso e à gigantesca explosão. De acordo com os astrónomos, uma explosão idêntica pode acontecer na nossa galáxia, com a estrela Eta Carinae, relativamente próxima do planeta Terra. Enquanto a SN2006gy está a 240 milhões de anos-luz da Terra, a Eta Carinae está a 7,5 mil anos-luz. Observações feitas pelo telescópio espacial Chandra de Raios-X mostram que a estrela não se converteu em um buraco negro, como outras supernovas, e que pulou um estágio da sequência natural da morte estelar.

Diferentemente de outras estrelas em processo de explosão, que atingem um pico de brilho que dura duas semanas, no máximo, esta supernova teve um pico que durou 70 dias, segundo a Nasa. E brilhou num nível superior ao de outras supernovas por meses. Mesmo a 240 milhões de anos-luz da Terra, esta estrela sugere que uma outra, mais próxima, poderá se destruir de modo semelhante a qualquer momento, ao longo dos próximos 50 mil anos. Essa explosão não seria uma ameaça para a Terra, mas o brilho poderá ser visto no hemisfério Sul.
Fonte: G1

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