Nova lua encontrada pela Cassini pode ser a origem da formação do arco de anel externo G de Saturno

  Esta seqüência de 3 imagens, obtida pela Cassini em 10 minutos, mostra a trajetória do recém descoberto satélite no arco existente no anel G de Saturno. Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute 

A sonda espacial Cassini da NASA encontrou inserida dentro do anel G do planeta Saturno uma mini-lua que aparece nas fotos como um pequeno ponto luminoso. Cientistas julgam que essa lua é a fonte principal do anel G, o último descoberto, e seu singelo arco de anel. Os cientistas que trabalham com as imagens produzidas pela sonda Cassini acharam essa mini-lua com cerca de 800 metros de diâmetro incrustada no arco do anel G (anel parcial). Antes das imagens da Cassini o anel G era o único anel de poeira que não estava claramente associado a nenhuma lua conhecida, o que o tornava estranho, disse Matthew Hedman da universidade de Cornell em Ithaca, NY. “A descoberta da mini-lua complementada pelos dados fornecidos pela Cassini deverão ajudar-nos a elucidar esse anel misterioso”.

Os anéis de Saturno foram nomeados de acordo com a ordem em que foram descobertos. Assim, a seqüência de anéis olhando de dentro para fora é: D, C, B, A, F, G e E. O anel G é um dos mais difusos. Dentro do anel G há um brilhante e estreito arco (ou “anel incompleto”), com 250 km de largura que se estende por 150.000 km, 1/6º da circunferência total do anel G. A mini-lua moves inserida dentro do arco. Medidas anteriores feitas pela Cassini já indicavam que esse anel parcial teria sido criado por partículas maiores inseridas no anel, tais como essa mini-lua agora descoberta.


Os anéis externos de Saturno em destaque

Essa imagem da mini-lua foi obtida em 15 de agosto de 2008, mas a confirmação da sua existência foi feita a partir de duas imagens mais antigas. A partir daí a mini-lua tem sido observada em várias oportunidades. Essa mini-lua é muito pequena para a capacidade de resolução das câmeras da Cassini, assim seu tamanho não pode ser medido diretamente. Entretanto, os cientistas da Cassini estimaram seu tamanho comparando seu brilho com a lua Pallene de Saturno. Hedman e seus colaboradores também notaram que a órbita dessa mini-lua está sendo perturbada pela lua próxima e bem maior Mimas, que é responsável pela manutenção do arco de anel. Assim contamos agora 3 arcos de anel de Saturno com mini-luas inseridas já descobertos pela Cassini. Essa mini-lua não está sozinha no arco de anel G. Outras medidas com instrumentos da Cassini indicam que existe uma população de objetos com tamanhos de 1 a 100 metros inseridos no arco. “Os impactos dos meteoróides e as colisões entre objetos e a mini-lua liberam as partículas de poeira que formam o arco, segundo explica Hedman.

Carl Murray, também do time da Cassini e professor da universidade de Queen Mary em Londres, Inglaterra diz: “A descoberta dessa lua e a perturbação de sua trajetória pela lua vizinha Mimas reforçam a teoria da associação entre anéis e luas observadas no sistema de Saturno”. Esperamos aprender mais sobre como esses arcos se formam e como eles interagem com os objetos que os originaram”. Em 2010 a câmera de Cassini irá tirar mais fotos do arco G e sua mini-lua. A missão Cassini-Equinox, uma extensão da missão Cassini original de 4 anos continuará operando até o segundo semestre de 2010. A descoberta foi anunciada em 3 de março de 2009 em circular da União Astronomica Internacional (IAU). As imagens podem ser encontradas em: http://www.nasa.gov/cassini, http://saturn.jpl.nasa.gov e http://ciclops.org .
Crédito: Cassini Imaging Team, SSI, JPL, ESA, NASA
Fonte:eternosaprendizes.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Espiral de lado

Planeta Mercúrio

Um rejuvenescimento galáctico

Lua eclipsa Saturno

Messier 2

Alpha Camelopardalis: Estrela Veloz Cria Uma Onda de Choque

Ou a energia escura não é constante ou uma segunda força desconhecida está em ação...

Esta estrela gigante vermelha tem manchas maiores que todo o sol

Nosso Sistema Solar pode capturar um planeta? Cientistas dizem que sim

Como intensas explosões estelares forjaram os gigantes galácticos do universo