Estrela causa explosão de raios e surpreende astrônomos
O sistema binário surpreendeu os astrônomos ao começar a emitir raios gama
Foto: Nasa/DOE/Fermi LAT Collaboration/Divulgação
Um time de astrônomos descobriu que uma 'nova' - uma explosão que ocorre na morte de alguns tipos de estrelas - pode emitir as mais poderosas energias gama conhecidas na natureza. A descoberta é surpreendente, já que não foi previsto anteriormente que as novas poderiam resultar nessa explosão de raios, ao contrário das brilhantes supernovas (explosões que ocorrem no final da vida de uma estrela massiva). As informações são do site da BBC. As primeiras observações que indicavam estes dados foram feitas por amadores e agora confirmadas por registros do telescópio Fermi - que detecta raios gama. A descoberta vai contra teorias de como as estrelas evoluem e morrem. O estudo foi publicado no jornal especializado Science. Estrelas maiores costumam morrer com uma gigantesca explosão conhecida como supernova, a qual gera um grande e rápido movimento de partículas em grandes campos magnéticos. A colisão dessas partículas com outras matérias causa os raios gama - a mais enérgica forma da luz. Contudo, muitas estrelas não têm massa suficiente para dar início à cadeia de eventos que leva a uma supernova, por isso acabam se tornando anãs brancas. Estes astros podem encontrar uma "companheira" próxima e atrair material desta, levando a um evento de massa crítica que eventualmente desencadeará fusão nuclear e, por fim, terminará em uma nova - a "prima" menos brilhante da supernova.
Apesar de ser uma grande explosão, a nova não deveria envolver processos o suficiente para levar ao surgimento de raios gama, segundo as teorias até então mais aceitas. Contudo, a equipe que trabalhou no telescópio estudou um sistema binário chamado de V407 Cygni e que contém uma anã branca e uma vermelha gigante, a 9 mil anos-luz da Terra. Eles foram alertados sobre o sistema por astrônomos amadores japoneses que notaram que o brilho de V407 Cygni havia aumentado 10 vezes em poucos dias. A equipe então se surpreendeu ao direcionar o telescópio, criado especialmente para registrar os raios gama, e conseguir registros de um local não esperado e de níveis de energia menos esperados ainda.
Vantagens
O estudo das atividades das novas pode ajudar os astrônomos, já que o processo de uma supernova leva centenas de anos, enquanto que o da "prima" menos exuberante termina em alguns dias. "Saímos de um álbum de fotos para um filme em alta velocidade", diz à reportagem o coautor do estudo, Kent Wood, sobre as diferenças de pesquisar os raios gama em uma supernova e em uma nova.
Fonte:noticias.terra.com.br
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