Sistema de óptica adaptativa
Os telescópios no solo são atingidos pelo efeito de espalhamento de uma imagem pontual devido à turbulência atmosférica. Esta turbulência faz com que a estrelas pisquem de um modo que muito delicia os poetas mas que frusta os astrónomos, uma vez que destrói os detalhes mais pormenorizados de uma imagem. No entanto, com as técnicas de óptica adaptativa (OA), esta grande falha pode ser colmatada de maneira a que o telescópio produza imagens tão nítidas quanto teoricamente possível, ou seja, que aproximem as condições de observação conseguidas a partir do espaço. Os sistemas de óptica adaptativa funcionam por meio de um espelho deformável controlado por computador, que neutraliza a distorção da imagem originada pela turbulência atmosférica. Baseia-se em correcções ópticas feitas em tempo real, calculadas a alta velocidade (muitas centenas de vezes por segundo) a partir de imagens obtidas por uma câmara especial que monitoriza a radiação emitida por uma estrela de referência.
Os sistemas de OA actuais apenas conseguem corrigir o efeito da turbulência atmosférica numa região muito pequena do céu - tipicamente 15 segundos de arco ou menos - a correcção degrada-se muito rapidamente quando nos deslocamos para longe da estrela de referência. Os engenheiros desenvolveram, por isso, novas técnicas para ultrapassar esta limitação, uma das quais é a óptica adaptativa multi-conjugada. O instrumento MAD utiliza até três estrelas guias, em vez de uma só, como referência para remover o efeito de manchas causado pela turbulência atmosférica num campo de visão trinta vezes maior do que o que permitem as técnicas atuais.
Créditos:ESO
muito interessante este este sistema de ótica
ResponderExcluirgotei muito
do da postagem