Sistemas binários de estrelas podem ter causado colisões planetárias

Pesquisadores da NASA observaram uma quantidade surpreendentemente grande de poeira estelar em torno de três pares de estrelas maduras, próximas umas das outras. Os astrônomos acreditam que a poeira pode ser a consequência de enormes colisões planetárias. Segundo eles, a poeira encontrada normalmente teria se dissipado e se afastado das estrelas nesta fase de maturidade de suas vidas. Portanto, os pesquisadores concluíram que algo – provavelmente colisões planetárias – deve estar causando a poeira “fresca”.  Segundo os dados coletados pelos cientistas, colisões entre planetas nesse tipo de sistema podem ser comuns. As duas estrelas pesquisadas no estudo, RS Canum Venaticorums ou RS CVns, estão separadas por apenas 3,2 milhões de km – o equivalente a 2% da distância entre a Terra e o nosso Sol. Os pares de estrelas orbitam entre si todos os dias, sendo que a face de cada estrela sempre fica travada e apontada para a outra. As estrelas são semelhantes ao sol em tamanho e tem, provavelmente, cerca de alguns bilhões de anos – aproximadamente a idade do Sol quando a vida evoluiu na Terra. Mas essas estrelas giram muito mais rápido e, como resultado, têm poderosos campos magnéticos. Essa atividade causa fortes ventos estelares que puxam as estrelas para baixo, aproximando-as ao longo do tempo. E assim que o caos planetário pode começar. Conforme elas se aproximam, as suas influências gravitacionais mudam, e isso pode causar perturbações nos corpos planetários em órbita nos dois astros. Cometas e quaisquer planetas que possam existir nesses sistemas começariam a se colidir, talvez muito forte.
Teoricamente, é possível que planetas habitáveis pudessem existir em torno destes tipos de estrelas, e se acontecer de haver vida ali, seriam vidas condenadas. Essas colisões incluiriam todos os planetas na zona habitável das estrelas, que é uma região onde as temperaturas permitem a existência de água líquida. Embora não haja evidências de planetas habitáveis em torno de qualquer estrela além do nosso Sol, sistemas binários próximos como esse são conhecidos por serem bons “anfitriões” para planetas. Por enquanto, a dúvida permanece. Pura ficção científica na vida real.

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