SATURNO REGRESSA AO CÉU NOTURNO

O planeta dos anéis, Saturno, está de volta ao céu noturno.
Saturno alcança a oposição - quando se encontra exactamente no lado oposto ao Sol, com a Terra no meio - nas noites de 3 e 4 de Abril. Um efeito colateral deste evento é que Saturno fica no céu toda a noite, nascendo a Este ao pôr-do-Sol, e pondo-se a Oeste quando o Sol nasce. Sendo o mais distante dos planetas visíveis a olho nu (Úrano tecnicamente pode ser observado à vista desarmada, mas é preciso um olho treinado e conhecimento do seu local exacto), Saturno recebe a menor quantidade de luz e por isso reflecte a menor quantidade de luz solar de volta para a Terra. Como resultado, Saturno não é tão brilhante como os outros planetas observáveis a olho nu. Este mapa estelar mostra onde é que o Senhor dos Anéis pode ser observado durante estas noites. Aqui fica outro modo de avistar Saturno: siga o arco da "pega" da Ursa Maior para Arcturo e depois salte para Espiga. Vire para cima de Espiga e aí encontrará Saturno. Qualquer astrónomo amador recorda-se de Saturno como um dos primeiros objectos que observou por um telescópio. Embora muito mais pequeno que a maioria das pessoas espera que seja a partir das imagens que vêm, Saturno e os seus anéis são uma vista única, bela e cativante. Para observar os anéis é necessário um telescópio que amplie pelo menos 20 vezes, mas Saturno lida facilmente com qualquer magnificação acima desse valor. Ao longo dos últimos 2 anos, a maioria das pessoas tem ficado desapontada com os famosos anéis de Saturno, que andam "de lado" na perspectiva da Terra. Os anéis de Saturno estão inclinados na direcção de um ponto do céu em particular e à medida que o planeta orbita o Sol, por vezes os anéis "apontam" na nossa direcção e por outras desaparecem quando a Terra está no mesmo plano que os anéis. Tendo estado quase invisíveis durante os últimos dois anos, os anéis estão agora a revelar a sua superfície norte à Terra. Num telescópio, procure a divisão escura entre os anéis interiores e exteriores. É chamada a Divisão de Cassini, em honra do astrónomo do século XVII, Giovanni Domenico Cassini, o seu descobridor. Cassini também descobriu as quatro luas mais brilhantes de Saturno, e todas podem ser observadas com um telescópio de 4 polegadas. Ele mostrava-se particularmente interessado na lua Japeto, que mostrava variações interessantes à medida que orbitava o planeta. Cassini correctamente inferiu que as variações eram devidas a um hemisfério ser mais escuro que o outro. Isto foi recentemente confirmado pela sonda Cassini, que tem também o nome do astrónomo e que está actualmente em órbita de Saturno. A maior lua de Saturno, Titã, é a única lua no Sistema Solar com uma atmosfera considerável e é facilmente visível em telescópios pequenos. As luas mais pequenas são observáveis com telescópios maiores.

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