E se o sol tivesse a metade de seu tamanho?
Em poucas palavras, a vida não existiria – pelo menos não do jeito como a conhecemos.
A
temperatura, a cor e o diâmetro do sol são determinados pela sua massa.
Estrelas maiores são mais quentes e mais azuis do que o nosso sol
branco-amarelado, enquanto estrelas menores são mais frias e vermelhas. As estrelas anãs vermelhas – o que o sol seria
nessa situação hipotética – proporcionam uma estreita “zona habitável” (área ao
redor da estrela na qual a água líquida pode fluir na superfície de um
planeta). A Terra está na zona habitável do nosso sol, por exemplo, enquanto
Vênus está muito próximo e Marte se localiza bem na borda exterior da zona.
No
caso do tamanho do sol se reduzir pela metade, a zona habitável mudaria para
mais perto da estrela. Isso significa que, se a órbita terrestre permanecesse à
mesma distância, a nossa água congelaria. Por outro lado, o planeta Mercúrio,
cerca de dois terços mais perto do sol do que a Terra, estaria no lugar certo
para abrigar vida. Existe uma discussão sobre quão habitáveis as zonas
produzidas por estrelas anãs vermelhas podem ser. Astros menores produzem
explosões de radiação frequentes, o que poderia bombardear os planetas próximos
a eles.
Esses mundos poderiam também se tornar “presos” ao sol – como a nossa
Lua é à Terra, por exemplo – e apresentar, consequentemente, um hemisfério
eternamente quente e outro permanentemente escuro. Mas se de alguma forma a
vida conseguisse se manter, as plantas, por exemplo, “provavelmente seriam
pretas aos nossos olhos, absorvendo o máximo de luz possível de sua estrela
vermelha para conseguir realizar a fotossíntese”, explica Comins Neil,
professor de física na Universidade de Maine, Estados Unidos. A maioria das
plantas terrestres refletem luz e, assim, renunciam a uma parcela significativa
de luz.
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