Telescópios Hubble e Swift fotografam colisão de asteroides
Imagens em ultravioleta e visível do telescópio Swift estão mescladas com uma imagem feita pelo Digital Sky Survey da mesma região.[Imagem: NASA/Swift/DSS/D. Bodewits (UMD)]
Sorte grande - No ano passado, astrônomos notaram que um asteroide, chamado Scheila, estava apresentando um brilho repentino e algumas emanações ligeiras, semelhantes aos jatos emitidos pelos cometas. Agora, dados dos telescópios espaciais Hubble e Swift mostraram que esse comportamento inesperado ocorreu porque o Scheila foi atingido por um asteroide até então desconhecido, mas muito menor. "As colisões de asteroides produzem fragmentos de rochas, de gigantescos blocos até uma fina poeira, que acabam se chocando com os planetas e suas luas," explica Dennis Bodewits, que analisou as imagens do telescópio Swift. "Mesmo sendo comuns, esta é a primeira vez que fomos capazes de observar uma colisão poucas semanas depois do impacto, antes que as evidências se dissipassem."
A imagem do Hubble mostra o asteroide Scheila circundado por uma nuvem de partículas em forma de C, revelando ainda uma cauda linear de detritos. As imagens das estrelas aparecem borradas porque o Hubble acompanhou o movimento do asteroide para fazer uma imagem em superexposição. [Imagem: NASA/ESA/D. Jewitt (UCLA)]
Colisão cósmica - "Os dados do Hubble podem ser explicados por um impacto, a 18.000 km/h, com um asteroide desconhecido medindo cerca de 30 metros de diâmetro," afirmou David Jewitt, que analisou o outro conjunto de dados. Foi o Hubble que detectou a primeira colisão entre asteroides já vista, em 2009, que produziu um rastro espetacular em forma de X. Os astrônomos calculam que o impacto ocorreu em um ângulo de 30 graus, criando uma cratera de 300 metros de diâmetro no asteroide Scheila, o que arremessou para o espaço cerca de 660.000 toneladas de detritos. Isto é 10.000 vezes mais do que o material ejetado quando a sonda Impacto Profundo chocou-se contra o cometa Tempel 1. O asteroide Scheila, que mede pouco mais de 113 quilômetros de diâmetro, foi descoberto em 1906.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br
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