Explosões aceleradas: nova supernova é identificada em galáxia vizinha M51
Supernova está localizada em uma das extremidades do braço da galáxia M51. Crédito: Ilan Manulis, Martin Kraar Observatory.
Uma nova supernova foi observada no céu noturno entre o dia 31 de maio e 1O de junho em um braço espiral de nossa galáxia vizinha M51, a cerca de 26 milhões de anos-luz da Terra. Os primeiros a identificar a supernova foram astrônomos amadores na França e, logo depois, o objeto foi detectado pela Sky Survey PTF e “fotografado” no Martin Kraar Obsevatory, no Weizmann Institute, bem como pelo Tel Aviv University’s Wise Observatory em Mitzpe Ramon. O objeto está sendo estudado por uma equipe internacional de pesquisadores, que já notaram que o material lançado ao espaço depois da explosão contém uma grande variedade de elementos. A mistura que se observa é atípica em eventos semelhantes e em um estágio tão inicial, o que torna a supernova especialmente interessante para estudos. A última observação de uma supernova na galáxia M51 ocorreu em 2005. Acredita-se que supernovas surjam apenas uma vez a cada 100 anos em uma galáxia qualquer. O atual evento pode ser explicado pela interação com outra galáxia muito próxima, que poderia ter feito com que o processo de formação de estrelas massivas tenha acelerado – aumentando também o número de explosões de supernovas.
Explosão de estrelas
Explosões de supernovas são verdadeiras “fábricas” do espaço e da vida: produzem todos os elementos pesados encontrados na imensidão do cosmo e até mesmo em nossos corpos. Grandes explosões são eventos altamente energéticos que podem iluminar o céu noturno e perturbar o equilíbrio entre a gravidade – “força” que puxa a matéria da estrela para o seu interior – e a reação termonuclear no núcleo da estrela – capaz de aquecê-lo a ponto de empurrá-lo para fora. Algumas estrelas mais jovens têm massa de até cem vezes a do sol e nelas a reação nuclear começa com a fusão de hidrogênio em hélio – como ocorre como a nossa estrela do Sistema Solar -, mas a fusão continua produzindo elementos pesados até que não haja mais condições de fundir átomos mais pesados, fazendo com que o equilíbrio entre a gravidade e a atividade termonuclear chegue ao fim. A gravidade então assume o seu papel e a massa da estrela se contrai rapidamente, liberando muita energia no processo posterior à explosão. Assim, a estrela lança suas camadas exteriores para o espaço, e uma nova estrela brilhante toma conta do céu noturno onde antes não havia nada.
Fonte: http://cienciadiaria.com.br/
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