Análise de rocha mostra que Lua seria 200 milhões de anos mais nova

Conclusão questiona o que os astrônomos sabiam sobre origem do satélite. Rocha estudada foi coletada em 1972, na missão Apollo 16.
Lua seria 200 milhões de anos mais nova do que se pensava (Foto: Divulgação)
Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (17) pela revista Nature traz dados que questionam a teoria mais aceita pelos astrônomos quanto à idade e à origem da Lua. Os novos resultados foram obtidos a partir da análise de uma rocha coletada pela missão Apollo 16, em 1972. Hoje, os cientistas consideram que a Lua nasceu depois de um impacto gigante entre um objeto semelhante a um planeta e a Terra, ainda em suas origens. Nessa colisão, material derretido teria sido jogado no espaço em grande quantidade. O resfriamento teria solidificado esse magma em diferentes componentes minerais, formando a Lua. De acordo com essa teoria, a Lua teria idade semelhante à do Sistema Solar, que é de 4,568 bilhões de anos. No entanto, a pesquisa internacional, conduzida por especialistas de quatro instituições, usou técnicas recém-desenvolvidas, analisou isótopos de chumbo e neodímio, e concluiu que a rocha lunar tem cerca de 4,36 bilhões de anos – uma diferença de 200 milhões de anos. “A idade extraordinariamente jovem dessa amostra lunar significa ou que a Lua se solidificou significativamente depois do que estimávamos, ou que precisamos mudar toda a nossa compreensão da história geoquímica da Lua”, afirmou Richard Carlson, do Instituto Carnegie de Ciência, dos EUA, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.

Astrônomos discordam de novo estudo

Porém, outros astrônomos discordam das conclusões do novo estudo. Eles acreditam que a Lua não é passível de truques para definir a idade e por isso, acreditam que ela tenha mesmo 4,6 bilhões de anos, como suspeitavam já há muito tempo. Outros cientistas que não participaram do estudo afirmam que Borg fez um bom trabalho referente à datação da pedra lunar trazida pelo Apollo 16, mas que deve ter feito conclusões equivocadas em relação a idade da Lua e sua origem. Eles afirmam que é possível que a rocha seja oriunda de um pequeno oceano de rocha derretida ou que tenha sido criada quando a Lua foi bombardeada por detritos espaciais, que eram muito mais comuns há poucos bilhões de anos. A conclusão de Borg “é um pouco fantasiosa para o meu gosto”, disse Erik Asphaug, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, que publicou recentemente a teoria de que a Terra tinha uma segunda Lua que teria se chocado com a maior. A astrônoma Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) chamou o estudo da Nature de “muito intrigante”.
Fontes: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia

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