'Descoberta conduz a um novo mistério', afirma Nobel de Física de 2011
O astrônomo Saul Perlmutter disse que agora o desafio é 'descobrir o que está acontecendo, saber por que o universo está fazendo uma coisa tão louca'
A Descoberta de que o Universo se expande cada vez mais depressa, contrariamente ao que se pensava, não só rendeu o Prêmio Nobel de Física deste ano, mas abriu uma porta para novos mistérios, segundo os ganhadores. Os professores americanos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, agraciados com o Nobel de Física de 2011 por suas descobertas sobre a "expansão acelerada do universo através da observação de supernovas distantes", explicaram nesta quinta-feira à Agência Efe a implicações das pesquisas.
Na realidade, a descoberta foi inesperada e surpreendente, visto que as duas equipes que "competiam" na mesma investigação, sendo uma comandada por Perlmutter e a outra por Schimdt, o que realmente estavam estudando era a expansão cada vez mais lenta do universo, que era a crença geral até 1998. Perlmutter explicou que os novos conhecimentos sobre a expansão do universo abriram "uma porta que leva a um novo capítulo de possibilidades para explorar", o que considerou "muito emocionante".
O astrônomo, que liderou a equipe Supernova Cosmology Project da Universidade da Califórnia durante a pesquisa que lhe rendeu o Nobel, lembrou que ainda não há explicações para esta expansão, o que representa um novo desafio. "Chegamos a uma descoberta, mas ela nos conduz a um novo mistério. Agora precisamos descobrir o que está acontecendo, saber por que o universo está fazendo uma coisa tão louca", relatou. As supernovas distantes (explosões de estrelas muito antigas compactas como o Sol, mas tão pequenas como a Terra), ou mais exatamente as do tipo 1a, foram o objeto de estudo destes astrônomos, que chegaram a conclusões surpreendentes.
Após estudar mais de 50 supernovas, constataram que a luz procedente delas, dependendo da distância, era mais fraca que o esperado, o que levava à conclusão de que o universo se expande rapidamente, em vez de perder velocidade. Até agora, a ciência trabalha em várias direções para encontrar uma explicação ao fenômeno, mas a que mais desperta interesse é a de que por trás dele esteja a "energia escura", uma desconhecida que, no entanto, constitui 75% do universo.
Riess, componente da segunda equipe em disputa, High-Z Supernova Search Team, que compartilha o Nobel com Schmidt, relatou: "Agora estamos tentando entender a natureza da energia escura, que não sabemos como funciona, e por isso estamos fazendo observações mais precisas". Brian Schmidt, da Australian National University e chefe do High-Z Supernova Search Team, avaliou que esta descoberta "é uma peça fundamental do conhecimento, que no futuro pode levar a coisas determinantes". Perlmutter, Schmidt e Riess receberão o Prêmio Nobel de Física no próximo sábado e repartirão as 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão) que são concedidas aos ganhadores.
Fonte: ESTADÃONa realidade, a descoberta foi inesperada e surpreendente, visto que as duas equipes que "competiam" na mesma investigação, sendo uma comandada por Perlmutter e a outra por Schimdt, o que realmente estavam estudando era a expansão cada vez mais lenta do universo, que era a crença geral até 1998. Perlmutter explicou que os novos conhecimentos sobre a expansão do universo abriram "uma porta que leva a um novo capítulo de possibilidades para explorar", o que considerou "muito emocionante".
O astrônomo, que liderou a equipe Supernova Cosmology Project da Universidade da Califórnia durante a pesquisa que lhe rendeu o Nobel, lembrou que ainda não há explicações para esta expansão, o que representa um novo desafio. "Chegamos a uma descoberta, mas ela nos conduz a um novo mistério. Agora precisamos descobrir o que está acontecendo, saber por que o universo está fazendo uma coisa tão louca", relatou. As supernovas distantes (explosões de estrelas muito antigas compactas como o Sol, mas tão pequenas como a Terra), ou mais exatamente as do tipo 1a, foram o objeto de estudo destes astrônomos, que chegaram a conclusões surpreendentes.
Após estudar mais de 50 supernovas, constataram que a luz procedente delas, dependendo da distância, era mais fraca que o esperado, o que levava à conclusão de que o universo se expande rapidamente, em vez de perder velocidade. Até agora, a ciência trabalha em várias direções para encontrar uma explicação ao fenômeno, mas a que mais desperta interesse é a de que por trás dele esteja a "energia escura", uma desconhecida que, no entanto, constitui 75% do universo.
Riess, componente da segunda equipe em disputa, High-Z Supernova Search Team, que compartilha o Nobel com Schmidt, relatou: "Agora estamos tentando entender a natureza da energia escura, que não sabemos como funciona, e por isso estamos fazendo observações mais precisas". Brian Schmidt, da Australian National University e chefe do High-Z Supernova Search Team, avaliou que esta descoberta "é uma peça fundamental do conhecimento, que no futuro pode levar a coisas determinantes". Perlmutter, Schmidt e Riess receberão o Prêmio Nobel de Física no próximo sábado e repartirão as 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhão) que são concedidas aos ganhadores.
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