Satélite alemão quase que caiu em Pequim

O telescópio espacial alemão Rosat, com mais de duas toneladas, que caiu em outubro passado no Golfo de Bengala - 20 anos depois de ter sido lançado em órbita - poderia ter caído em Pequim se tivesse apenas mais 7 minutos no ar, revelam agora os cálculos dos peritos. Foi um dia de orgulho para a ciência alemã quando no dia 1 de julho de 1990, o telescópio espacial foi lançado em órbita a partir do cabo Canaveral. Elaborado com a tecnologia mais moderna disponível naquela época, pesava 2,5 toneladas e tinha um comprimento de 8,9 metros, uma altura de 4,5 e uma largura de 2,2. O Rosat foi concebido para observar a radiação raio-X no universo, emitida por estrelas, galáxias e os mais diversos objectos, posicionado a mais de 500 quilómetros acima da superfície terrestre. O Rosat não decepcionou. O satélite, que só estava previsto trabalhar durante 18 meses, continuou a recolher dados durante quase nove anos. A informação obtida pelo telescópio entrou em 8000 artigos publicados ao longo dos anos. Registou milhares de fontes de radiação, incluindo galáxias distantes e buracos negros. Quando a sua missão terminou, em 1999, o satélite começou a perder altitude. Em junho de 2011 estava a uma altitude de 327 quilómetros E poderia, no final, ter sido uma das piores catástrofes da exploração espacial. Na noite de 22 para 23 de outubro do ano passado o telescópio espacial alemão caiu na Terra e faltou muito pouco para se despenhar na capital chinesa, Pequim, com uma população de 20 milhões de habitantes.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/

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