Exploração em Marte
Cientistas propõem novos locais para pouso
Foram anos de intenso debate para peneirar as dezenas de locais com potencial de pouso em Marte para o Curiosity, veículo robótico da Nasa, até chegar a apenas um. Embora o veículo de US$ 2,5 bilhões não pouse na cratera Gale até agosto, cientistas já pensam onde pousar na próxima vez. Na quarta-feira, em seminário realizado em Herndon, Virgínia, 40 pesquisadores prepararam uma lista com dez locais de alta prioridade para futuras missões. Alguns considerariam prematuro planejar um veículo futuro, já que o Curiosity pode ser o último por muito tempo.
Há apenas duas semanas a Nasa anunciou sua retirada das missões definidas em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA) em 2016 e 2018. A ESA declarou que está trabalhando com a Rússia para preencher as lacunas deixadas pela retirada dos Estados Unidos, mas nada foi decidido ainda. No entanto, os organizadores da oficina apressam o recolhimento de dados sobre os novos locais. A urgência decorre da preocupação com a longevidade do satélite que fez a maior parte do trabalho até agora: o Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), lançado em 2005.
Um dos 14 detectores com dispositivo de carga acoplada (CCD) da câmera de alta resolução não funciona mais e atualmente um dos três resfriadores criogênicos usados no espectômetro de imagens está fora da missão. Não há nada similar planejado para substituí-lo. Richard Zurek, cientista do projeto para o MRO no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, em Pasadena, Califórnia, afirma que os pesquisadores devem captar o que for possível da sonda enquanto ela ainda funciona. “Vimos apenas uma fração minúscula de Marte em alta resolução”, lamenta ele. “Talvez o melhor local ainda esteja por vir.”
Há apenas duas semanas a Nasa anunciou sua retirada das missões definidas em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA) em 2016 e 2018. A ESA declarou que está trabalhando com a Rússia para preencher as lacunas deixadas pela retirada dos Estados Unidos, mas nada foi decidido ainda. No entanto, os organizadores da oficina apressam o recolhimento de dados sobre os novos locais. A urgência decorre da preocupação com a longevidade do satélite que fez a maior parte do trabalho até agora: o Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), lançado em 2005.
Um dos 14 detectores com dispositivo de carga acoplada (CCD) da câmera de alta resolução não funciona mais e atualmente um dos três resfriadores criogênicos usados no espectômetro de imagens está fora da missão. Não há nada similar planejado para substituí-lo. Richard Zurek, cientista do projeto para o MRO no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, em Pasadena, Califórnia, afirma que os pesquisadores devem captar o que for possível da sonda enquanto ela ainda funciona. “Vimos apenas uma fração minúscula de Marte em alta resolução”, lamenta ele. “Talvez o melhor local ainda esteja por vir.”
O que definiria o melhor local?
Até a Nasa se retirar dos projetos da ESA, acreditava-se que a missão de 2018 seria um veículo teleguiado que recolheria rochas que missões posteriores poderiam enviar à Terra para análise. Em dezembro de 2011, estabeleceu-se uma diretriz para priorizar o aspecto científico da missão de envio de amostras, segundo Scott Mc Lennan, geoquímico da Stony Brook University, em Nova York, que copresidiu o comitê internacional. A prioridade seria recolher amostras de um ambiente outrora aquoso que pode preservar as provas de vida antiga. O segundo objetivo mais importante é encontrar rochas ígneas que podem ser datadas por meio de análise de radioisótopos para ter uma ideia melhor da idade das rochas de Marte.
Um relatório do grupo de McLennan ofereceu uma lista de sete locais possíveis, incluindo a cratera Gusev, onde o veículo Spirit da Nasa pousou em 2004, e Mawrth Vallis, um dos quatro locais que integram a lista do Curiosity. Jack Mustard, pesquisador de Marte da Brown University, em Providence, Rhode Island, argumenta que as tensões que desempenharam um papel importante no debate sobre o local de aterrissagem do Curiosity estão vindo à tona mais uma vez. “O debate não mudou”, comentou ele. “As posições foram estabelecidas.”
Alguns cientistas preferem locais que contenham restos de antigos lagos e deltas de rios, que poderiam ter concentrado e preservado sinais de vida. Mas esses tendem a se encontrar em terrenos relativamente jovens, que datam de uma época em que Marte se tornava mais seco e menos hospitaleiro. Outro grupo de pesquisadores tende a favorecer minerais alterados por água de sítios mais antigos, que podem mostrar exposições a sistemas hidrotérmicos subterrâneos, outro nicho possível para a vida. John Grant, pesquisador de Marte no Smithsonian Institution em Washington DC, e coordenador processo de seleção do local de pouso, sustenta que o MRO deveria coletar dados frescos para locais de alta prioridade nos próximos meses e que a próxima reunião está programada para daqui a um ano.
Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam Até a Nasa se retirar dos projetos da ESA, acreditava-se que a missão de 2018 seria um veículo teleguiado que recolheria rochas que missões posteriores poderiam enviar à Terra para análise. Em dezembro de 2011, estabeleceu-se uma diretriz para priorizar o aspecto científico da missão de envio de amostras, segundo Scott Mc Lennan, geoquímico da Stony Brook University, em Nova York, que copresidiu o comitê internacional. A prioridade seria recolher amostras de um ambiente outrora aquoso que pode preservar as provas de vida antiga. O segundo objetivo mais importante é encontrar rochas ígneas que podem ser datadas por meio de análise de radioisótopos para ter uma ideia melhor da idade das rochas de Marte.
Um relatório do grupo de McLennan ofereceu uma lista de sete locais possíveis, incluindo a cratera Gusev, onde o veículo Spirit da Nasa pousou em 2004, e Mawrth Vallis, um dos quatro locais que integram a lista do Curiosity. Jack Mustard, pesquisador de Marte da Brown University, em Providence, Rhode Island, argumenta que as tensões que desempenharam um papel importante no debate sobre o local de aterrissagem do Curiosity estão vindo à tona mais uma vez. “O debate não mudou”, comentou ele. “As posições foram estabelecidas.”
Alguns cientistas preferem locais que contenham restos de antigos lagos e deltas de rios, que poderiam ter concentrado e preservado sinais de vida. Mas esses tendem a se encontrar em terrenos relativamente jovens, que datam de uma época em que Marte se tornava mais seco e menos hospitaleiro. Outro grupo de pesquisadores tende a favorecer minerais alterados por água de sítios mais antigos, que podem mostrar exposições a sistemas hidrotérmicos subterrâneos, outro nicho possível para a vida. John Grant, pesquisador de Marte no Smithsonian Institution em Washington DC, e coordenador processo de seleção do local de pouso, sustenta que o MRO deveria coletar dados frescos para locais de alta prioridade nos próximos meses e que a próxima reunião está programada para daqui a um ano.
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