Cientistas alegam que Viking descobriu vida em Marte há 35 anos

Modelo da Viking simulando a superfície de Marte.Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
O rover Curiosity está actualmente a caminho de Marte, com aterragem dramática prevista na Cratera Gale em meados de Agosto. O seu objectivo é procurar assinaturas geológicas de um passado molhado e favorável à vida. Evidências sólidas de que grandes volumes de água existiram no passado de Marte seria um grande passo em frente na busca de vida no Planeta Vermelho.
Mas será que já foi descoberta? Alguns cientistas dizem que sim.
Investigadores de universidades em Los Angeles, Califórnia, Tempe, Arizona e Siena, Itália, publicaram um artigo na revista IJASS (International Journal of Aeronautical and Space Sciences) que explica os resultados do seu trabalho com dados obtidos pela missão Viking da NASA. As gémeas Viking 1 e 2 foram lançadas em Agosto e Setembro de 1975 e aterraram com sucesso em Marte em Julho e Setembro do ano seguinte. A sua principal missão era a procura de vida, através da análise do solo marciano em busca de sinais de respiração - um sinal de actividade biológica.
Os resultados, embora promissores, foram inconclusivos.
Agora, 35 anos depois, uma equipa de investigadores afirma que as Viking realmente detectaram vida.
Trincheiras escavadas pelo instrumento de recolha de amostras da Viking 1.
Crédito: NASA, Roel van der Hoorn
"Os solos activos exibiram libertações gasosas rápidas e substanciais," esclarece o artigo da equipa. "O gás era provavelmente CO2 e, possivelmente, outros gases que continham radiocarbono."  Através da aplicação de complexidades matemáticas nos dados da Viking para uma análise mais profunda, os investigadores descobriram que as amostras marcianas se comportavam de maneira diferente de um grupo de controlo não-biológico.  "Respostas de controlo que exibem ordens iniciais relativamente baixas rapidamente transformam-se em ruído quási-aleatório, enquanto as experiências activas exibem uma ordem inicial mais alta que decai mais lentamente," acrescenta o artigo. "Isto sugere uma robusta resposta biológica."  Embora alguns críticos dos achados aleguem que tal processo de identificação de vida não foi ainda aperfeiçoado - nem mesmo cá na Terra - os resultados são certamente interessantes o suficiente para suportar investigações adicionais dos dados das Viking e talvez uma reavaliação dos achados "inconclusivos" da missão histórica.
Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/

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