Empresários querem buscar água e minérios em asteroides

Pequenos satélites vão buscar asteroides aptos à mineração perto da Terra.Planetary Resources/AP
Um grupo de grandes empresários da tecnologia planeja investir na mineração de asteroides próximos do planeta, em uma tentativa de transformar em oportunidade de lucro o que seria apenas ficção científica. O plano multimilionário envolve o uso de robôs para a extração de minerais como platina e ouro e combustível das rochas espaciais e até a construção de um posto de abastecimento no espaço.  Cientistas não envolvidos no projeto, porém, dizem estar ao mesmo tempo empolgados e céticos, já que os planos são difíceis e bastante caos. É complicado ver qual será o custo-benefício da missão, mesmo com os altos preços pagos pelo ouro e pela platina (US$ 1,6 mil por cerca de 30 gramas). Uma futura missão da Nasa que recolherá 60 gramas de um asteroide para a Terra custará cerca de US$ 1 bilhão. Mas os empresários por trás do projeto têm fama de fazer dinheiro com missões espaciais. Eric Anderson e Peter Diamandis, fundadores da Planetary Resources, de Seattle, foram os primeiros a investir no conceito de turismo espacial. Entre os investidores e conselheiros da empresa estão Larry Page e Eric Schmidt, os chefes do Google, e o cineasta James Cameron - cujo filme Avatar trata justamente de mineração espacial. O primeiro passo, a ser dado em até dois anos, seria o lançamento do primeiro de vários telescópios no espaço. Os dispositivos buscariam asteroides aptos para a mineração. Eles serão pequenos, e podem até ser segurados na mão. Cada um vai custar menos de US$ 10 milhões. Mineração, o processamento do combustível e o reabastecimento seriam operados sem qualquer ação humana, de acordo com Anderson. "São coisas da ficção científica, mas como em outras áreas, é possível fazer esses processos virarem realidade", disse o ex-astronauta Thomas Jones, outro dos conselheiros da empresa. A ideia de buscar minérios em asteroides tem rondado os empresários do ramo há anos. As rochas são planetas que não completaram sua formação há bilhões de anos e a maioria deles forma o cinturão entre Marte e Júpiter, mas alguns acabaram se espalhando pelo Sistema Solar. Eles são formados por rochas e metais e seu tamanho variar bastante. O combustível dos robôs será obtido a partir da "quebra" da água no espaço - o que gera oxigênio e hidrogênio líquido. Como levar água para a estratosfera é caro, a ideia é recolhê-la nos asteroides e levá-la a um ponto onde pode ser convertida em combustível. Asteroides não têm gravidade própria significativa, o que torna a aproximação a essas estruturas mais fácil e barata. Cientistas e a Nasa tem voltado suas atenções para as rochas nos últimos anos por esses motivos. Há cerca de 1,5 mil asteroides que passam perto da Terra e que poderiam ser os primeiros alvos da mineração. Eles tem pelo menos 50 metros de largura e estima-se que 10% deles tenham minerais e água.
Fonte: ESTADÃO

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Planeta Mercúrio

Um rejuvenescimento galáctico

Espiral de lado

Lua eclipsa Saturno

Alpha Camelopardalis: Estrela Veloz Cria Uma Onda de Choque

Messier 2

Ou a energia escura não é constante ou uma segunda força desconhecida está em ação...

Foto do James Webb prova que teoria astronômica sobre planetas está errada

Nosso Sistema Solar pode capturar um planeta? Cientistas dizem que sim

Como intensas explosões estelares forjaram os gigantes galácticos do universo