Exoplanetas na zona habitável: em busca de oxigênio
Os exoplanetas na zona habitável - com temperaturas onde pode existir água em estado líquido - começam a ser "colecionados" pelos astrônomos, que agora partem em busca de sinais de oxigênio. [Imagem: NASA/Ames/JPL-Caltech]
Paciência
Ainda não são os homenzinhos verdes, mas podemos estar chegando perto. Quando foi descoberto o primeiro exoplaneta na zona habitável, o assunto causou furor na imprensa mundial. Agora, menos de dois anos depois, o assunto é bem mais trivial, sobretudo depois que as observações indicaram que há mais planetas que estrelas na Via Láctea e os planetas nas zonas habitáveis passaram a ser calculados em bilhões. Mas o que há até agora são sobretudo "candidatos" a exoplanetas potencialmente habitáveis, e os cientistas precisam ter muito mais paciência para confirmar os dados e realmente "eleger seus candidatos".
Essa confirmação veio agora para três planetas similares à Terra. Originalmente detectados pelo Telescópio Espacial Kepler, lançado justamente para descobrir "outras Terras", os exoplanetas foram confirmados como estando na zona habitável de suas estrelas por medições feitas no Observatório do Monte Palomar, nos Estados Unidos.
Estrelas anãs M
Os astrônomos mediram as temperaturas e as metalicidades de pequenas estrelas chamadas anãs M. As estrelas são KOI 463.01, KOI 812.03 e KOI 854.01 - KOI é uma sigla para Kepler Object of Interest, candidatos a planeta localizados pelo telescópio Kepler, que precisam ser confirmados por observações adicionais. As três anãs brancas classe M estão localizadas entre as constelações do Cisne e Lira. Anãs M são menores e menos brilhantes do que o nosso Sol, e a maioria das estrelas no universo é desse tipo.
Assinaturas de oxigênio na atmosfera
O telescópio Kepler monitora continuamente 150.000 estrelas em busca de sinais de trânsito - uma tênue diminuição no brilho da estrela devido à passagem de um planeta à sua frente. Assim, a confirmação de planetas na zona habitável cada vez chamará menos a atenção. Pelo menos até que os astrônomos descubram assinaturas de oxigênio na atmosfera de algum desses exoplanetas, o que seria um passo importante para identificar vida extraterrestre. A boa notícia é que a NASA acaba de aprovar recursos para que a missão do Telescópio Kepler possa estender-se até 2016.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br
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