Lua de Saturno pode ter oceano submerso

Dados da sonda espacial Cassini mostram a existência de uma deformação no interior da lua Titã
Sonda Vassini capta lua Titã passando perto de Saturno e de seus anéis/Nasa
Dados da sonda espacial Cassini reforçam a hipótese de que existe um oceano embaixo da superfície de Titã, a maior lua de Saturno. A sonda mostrou que há uma deformação do interior de Titã, uma forte indicação da existência de um oceano em seu interior. A hipótese de que pode haver água em Titã já vem sendo aventada há alguns anos por cientistas. Se confirmada, a maior lua de Saturno entraria para o seleto grupo de luas do sistema solar que contém água, ingrediente indispensável para a vida. Embora o estudo mostre fortes evidências do oceano submerso, os pesquisadores não foram capazes de determinar tamanho do oceano. “Nossas medições não dizem nada sobre a profundidade do oceano. Ele pode ter 10, 100 ou mais quilômetros…(as medições) mostram apenas que a casca externa é altamente deformável e isto apenas pode acontecer se ele estiver destacado do centro que é de sílica. Somente uma camada de líquido pode fazer esta separação”, explicou ao iG Luciano Less, da Universidade La Sapienza, na Itália, um dos autores do artigo. Recentemente um estudo havia mostrado que deve haver lagos de metano líquido nos trópicos de Titã, além dos já conhecidos perto dos pólos norte e sul do satélite. Less afirma que a superfície de Titã é muito fria para que haja água líquida. Portanto, o oceano estaria embaixo da camada externa de gelo (que tem hidrocarbonetos líquidos em cima dela). "O oceano sob a superfície tem de ser feito de água ou água misturada com uma pequena porcentagem de sais. Não pode ser de hidrocarbonetos líquidos. O gelos da camada externa é mais pesado que els e consequentemente iria afundar. O resultado seria que eles iriam se mover para cima e um oceano global de hidrocarbonetos líquidos apareceria na superfície", disse. A busca por água no sistema solar tem sido um dos objetivos da exploração espacial. “A presença de água certamente não implica que haja vida, mas é difícil pensar em vida sem água", disse. Less explica que Titã é um objeto único no sistema solar, provavelmente o corpo celeste mais parecido com a Terra. "Era sabido que ele tinha uma atmosfera rica em metano, lagos de hidrocarbonetos e um ciclo hidrológico baseado em hidrocarbonetos líquidos. Sabíamos que a camada externa de gelo dele era feita majoritariamente de água no estado sólido (gelo). Agora sabemos que água também é abundante no estado liquido.”, completou Less.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br

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