Sistemas binários recentemente descobertos de anãs vermelhas violam leis da Física
Sistemas binários – como Tattooine em Star Wars – são surpreendentemente comuns, mas os cientistas descobriram que alguns quebram as leis da Física. Estrelas anãs vermelhas descobertas recentemente em dois sistemas binários, orbitando uma a outra em pequenos círculos, não poderiam ser possíveis de acordo com as leis conhecidas pela ciência moderna – em vez disso, as estrelas deveriam estar juntas, fundidas, formando uma única estrela gigante. Dr. Bas Nefs do Observatório de Leiden, Holanda, disse: “Para nossa surpresa, encontramos sistemas binários que fazem com que tenhamos que repensar a forma como eles evoluem”, em declaração ao DailyMail. As anãs vermelhas, que são até 10 vezes menores e 1.000 vezes menos brilhantes que o Sol, são as estrelas que se deslocam com maior velocidade na Via Láctea. Sempre se acreditou que as estrelas binárias de anãs vermelhas não pudessem orbitar uma a outra em distâncias pequenas pelo risco de fundirem-se, tornando uma única estrela. Essa afirmação foi fruto de dados colhidos em 30 anos de pesquisa com sistemas binários, mas nenhum estudo havia considerado órbitas menores do que 5 horas. Uma equipe de pesquisadores do United Kingdom Infrared Telescope (UKIRT) no Havaí acompanhou anãs vermelhas, descrevendo os frutos do estudo no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Cerca de metade das estrelas da Via Láctea é, ao contrário do nosso Sol, parte de um sistema binário, uma orbitando a outra. Muito provavelmente, estas estrelas foram formadas em órbitas muito próximas no momento de seus “nascimentos”.
Diagrama simplificado mostrando o tamanho das estelas. Estima-se que mais de 50% das estrelas da Via Láctea são de anãs vermelhas. Foto: Reprodução/DailyMail
Embora constituam o tipo mais comum de estrelas na Via Láctea, as anãs vermelhas não aparecem com grande frequência nas pesquisas habituais por causa de sua obscuridade em luz visível. Nos últimos 5 anos, o UKIRT acompanhou o brilho de centenas de milhares de estrelas, incluindo milhares de anãs vermelhas, em luz infravermelha, utilizando uma câmera de amplo espectro. Como as estrelas diminuem de tamanho no início de suas vidas, o fato de que esses sistemas binários encontrados possuam pequenas distâncias, isso significa que as órbitas também devem ter encolhido logo após suas formações, caso contrário, as estrelas teriam tido contato logo no início e fatalmente se fundiriam. O pesquisador David Pinfield, da Universidade de Hertfordshire, acrescentou: “Sem a sensibilidade do UKIRT não seria possível encontrar estes pares extraordinários de anãs vermelhas. A natureza ativa dessas estrelas e seus campos magnéticos têm profundas implicações para o ambiente em torno delas e em toda a Via Láctea”.
Fonte: jornalciencia.com
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