Grandes Missões da Nasa - Sondas Espaciais
Já se foi o tempo das imagens granuladas em preto e branco, transmitidas para a Terra por sondas planetárias ao longo de vários dias. A tecnologia se desenvolveu exponencialmente nas cinco décadas desde a criação da NASA. Há apenas 30 anos, computadores ocupavam salas inteiras, processando meros kilobits de dados de um punhado de imagens. Hoje, as sondas enviam imagens coloridas tridimensionais em alta definição, que revelam não apenas traços estratigráficos da superfície, mas outros detalhes incríveis sobre ela. Estas imagens proporcionam uma maior compreensão do Sistema Solar e do nosso lugar nele.
SOL
Muitos estudos já foram realizados sobre o Sol, já que sua atividade gera efeitos significativos sobre a vida na Terra e além dela.
O Skylab foi construído com a tecnologia gerada pelos projetos Gemini e Apollo. Foi a primeira estação especial experimental dos EUA, projetada para que os humanos pudessem viver e trabalhar no espaço por longos períodos. Era um laboratório científico em órbita ao redor da Terra, criado para expandir nosso conhecimento da astronomia solar de uma posição privilegiada. O Skylab completou quase 2.000 horas de experimentos médicos e científicos, incluindo oito experimentos solares. Instalado no alto do veículo, o módulo experimental remoto fotografou uma explosão na superfície do Sol em 1974. Os buracos coronais solares foram descobertos durante as observações do Skylab.
Os satélites Solar TErrestrial RElations Observatory (STEREO) da NASA são sondas quase idênticas. Lançadas em 2006, as sondas estão analisando o Sol pela primeira vez em 3-D. Os cientistas da missão esperam que sua revolucionária tecnologia de captação de imagens irá descobrir a causa e o mecanismo por trás das ejeções de massa coronal (CME). Além disso, a previsão do tempo no espaço irá se aprimorar, alertando-nos sobre ejeções solares dirigidas à Terra. Sua ocorrência mais severa causou um enorme blecaute no Canadá em 1989. O clima solar extremo é ilustrado pela delicada aurora boreal, no hemisfério Norte, e austral, no hemisfério Sul. Mas as tempestades magnéticas também afetam satélites, comunicações de rádio e redes de energia
MERCÚRIO
Mercúrio é o planeta menos conhecido do nosso sistema solar.
A missão Mariner 10 foi a primeira missão planetária para Mercúrio. Ela chegou em 1974 para analisar seu meio ambiente, atmosfera, superfície e características físicas. Ela orbitou o planeta três vezes, fotografando 35% da superfície. As câmeras da Mariner 10 possuíam 1,6 quilômetros de resolução. A sonda MESSENGER retornou a Mercúrio 30 anos depois da Mariner 10. Em comparação com sua antecessora, suas câmeras são capazes de tirar fotos da superfície de até 18 metros de amplitude.
MARTE
Marte sempre esteve envolvido por uma aura de mistério, e é o planeta do sistema solar mais semelhante à Terra.
Pela primeira vez, Marte revelou alguns mistérios quando a sonda Mariner 4 enviou imagens da superfície do planeta em 1965. Foram as primeiras imagens em “close-up” de Marte, e provaram de forma indubitável que o planeta não era recoberto por canais cheios de água. A Mariner conseguiu produzir apenas 21 imagens, que mostram uma superfície estéril pontuada por crateras. A sonda de 1,3m foi movida por 28.224 células solares em quatro painéis solares que forneceram 310Watts ao passar por Marte.
A câmera começou a tirar fotos em 15 de julho e captou 21 imagens, alternando filtros verdes e vermelhos. As imagens captadas durante o vôo foram armazenadas em um gravador interno. A transmissão das imagens gravadas para a Terra começou, mas foi tão trabalhosa que continuou até 3 de agosto. Todas as imagens foram transmitidas duas vezes para assegurar que nenhum dado se perdesse ou fosse corrompido. Os dados totais enviados pela Mariner 4 tinham 5,2 milhões de bits (cerca de 634kB).
MARS RECONNAISSANCE ORBITER
A Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) enviou mais informações sobre Marte do que todas as outras sondas juntas desde que chegou à órbita marciana em 2006.
SATURNO
JÚPITER
O maior planeta do nosso sistema, Júpiter também tem seus anéis, mas são menos visíveis.
Lançada 40 anos depois da Mariner 4, a Mars Reconnaissance Orbiter chegou à órbita de Marte em 2006, onde começou a conduzir atividades de reconhecimento e exploração no planeta. A sonda atualmente está investigando o solo de Marte com uma série de instrumentos científicos, incluindo uma câmera de altíssima resolução (HiRISE - High Resolution Imaging Science Experiment). Em 2008, a MRO fotografou quatro avalanches marcianas, com enormes fluxos de fragmentos sedimentares caindo em cascata de um penhasco. Cada uma das imagens de 16,4 Gb são comprimidas em 5 Gb antes de ser retransmitidas para a Terra. Com esta tecnologia, a MRO é capaz de transferir mais dados para a Terra do que todas as outras missões interplanetárias anteriores juntas.
SATURNO
Saturno é o segundo maior planeta do sistema solar, e é reconhecido imediatamente por suas estruturas anelares.
A Pioneer 11 estava viajando para investigar Júpiter e o sistema solar quando se tornou a primeira sonda a explorar Saturno em 1979. A sonda sobrevoou Saturno utilizando a gravidade de Júpiter para entrar em posição. A sonda Cassini-Huygens foi a primeira nave espacial a ingressar na órbita de Saturno em 2004. Ela chegou sete anos depois de deixar a Terra, e passou a 20.000 km das nuvens de Saturno. A sonda voou entre os vãos dos anéis de Saturno e descobriu três novas luas. Em 2006, a câmera grande angular da Cassini captou 165 imagens por quase três horas. A composição criou uma imagem inspiradora de um eclipse total do Sol do lado oposto de Saturno.
JÚPITER
O maior planeta do nosso sistema, Júpiter também tem seus anéis, mas são menos visíveis.
Quando a Voyager 1 terminou sua missão em Júpiter no início de abril de 1979, ela havia tirado mais de 18.000 fotografias. As imagens superaram as melhores já tiradas da Terra, e revelaram um planeta claramente listrado. Os astrônomos estudaram Júpiter a partir da Terra por centenas de anos, mas os cientistas ficaram surpresos com muitas das descobertas da Voyager. As imagens e dados enviados pela Voyager 1 forneceram informações físicas, geológicas e atmosféricas importantes. E de forma ainda mais surpreendente, a Voyager 1 revelou que uma das quatro luas de Júpiter, Io, possuía grande atividade vulcânica. New Horizons é a sétima missão da NASA a Júpiter.
A sonda pretende explorar Plutão, mas se aproveitou da gravidade do gigante de gás como ponto de partida para os confins do Sistema Solar. Em fevereiro de 2007, a New Horizons fotografou Júpiter e sua lua vulcânica, Io. As imagens mostraram uma gigantesca erupção do vulcão Tvashtar. Lava vermelha e incandescente brilhava abaixo de uma pluma vulcânica de 330 quilômetros, iluminada pela luz solar.
Fonte: Discovery Brasil
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