Nasa terá missão para detalhar exoplanetas próximos
Programada para lançamento em 2017 a missão visa planetas orbitando estrelas próximas
A missão Kepler da Nasa foi um sucesso total. Descobriu milhares de
prováveis exoplanetas – mundos que orbitam outras estrelas – e mais de
100 deles já foram examinados e confirmados. Muitos desses planetas
estão entre os menores e mais parecidos com a Terra conhecidos: dos 25
exoplanetas de menor diâmetro descobertos até o momento, só um não foi
encontrado pelo Kepler. Só existe um problema com o trabalho
imensamente produtivo do Kepler: os planetas estão a centenas ou até
milhares de anos-luz da Terra, frequentemente muito distantes para serem
investigados com detalhes. O TESS, Transiting Exoplanet Survey
Satellite [NT: Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito, em
tradução literal], que a Nasa aprovou em 5 de abril para ser lançado em
2017, varrerá um trecho muito maior do céu que seu predecessor para
descobrir novos exoplanetas próximos que cientistas poderão analisar com
telescópios futuros.
O custo da missão TESS é limitado a US$200
milhões. O satélite examinará um trecho do céu cerca de 400 vezes
maior que o campo de estrelas que o Kepler observa, explica o principal
pesquisador do TESS, George Ricker, astrofísico do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts. A partir de uma grande órbita ao redor da
Terra, os telescópios do satélite varrerão a galáxia em uma série de
faixas. “Basicamente, estaremos pintando o céu”, compara Ricker. “No
geral, examinaremos cerca de meio milhão de estrelas”. E milhares dessas
estrelas ficam a até 100 anos-luz do sistema solar.
Assim como o Kepler e o satélite Corot, da Europa, o TESS procurará trânsitos planetários: evidenciados por uma breve redução de luz estelar que ocorre a intervalos regulares e denuncia a presença de um exoplaneta invisível. A limitação de varrer uma área tão grande do céu é que o TESS pode não ver alguns planetas potencialmente habitáveis. Planetas que seguem órbitas como a da Terra ao redor de estrelas como o Sol completam, aproximadamente, uma órbita por ano, revelando-se brevemente ao Kepler no processo. O TESS deixará escapar muitos desses planetas com órbitas mais longas. “O objetivo do Kepler é descobrir quantas estrelas solares têm planetas como a Terra na zona habitável de sua órbita ”, explica Ricker. “No caso do TESS, estamos respondendo uma pergunta diferente. Na verdade, estamos tentando identificar os sistemas planetários na vizinhança do sistema solar”.
Mas muitos desses sistemas planetários também podem conter mundos habitáveis. O TESS deve descobrir muitos planetas orbitando as proximidades de estrelas anãs M, que são mais escuras e frias que o sol. Um planeta habitável orbitando uma anã M poderia se aninhar muito mais perto de sua estrela do que um planeta como a Terra orbitando uma estrela como o Sol, então ele completaria uma órbita com uma frequência muito maior e se revelaria várias vezes ao TESS. Ricker estima que o TESS pode descobrir de 500 a 700 planetas com o tamanho da Terra, além das chamadas “super Terras”. Alguns deles serão potencialmente habitáveis. “Há muita incerteza nessa estimativa. Pode ser um número relativamente pequeno”, observa ele. “Podem ser cinco ou seis. Podem ser 10 ou 20. Mas provavelmente não será mais que isso”.
Quando o TESS compilar uma lista de exoplanetas próximos ao final de sua missão inicial de dois anos, astrônomos poderão já ter um poderoso observatório para examinar os novos mundos descobertos com mais detalhes. O Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, atualmente programado para lançamento em 2018, pode ser capaz de identificar as assinaturas de certas moléculas nas atmosferas de planetas próximos. Esses tipos de assinaturas químicas poderiam ser usadas para inferir a presença de vida extraterrestre em um planeta – essa tentadora possibilidade, porém, pode exceder as capacidades do JWST. De qualquer forma, se o TESS de fato puder localizar centenas de planetas próximos, astrônomos terão muito o que fazer no futuro próximo – descobrir como são esses planetas, que tipos de habitats eles podem suportar e, talvez, enviar uma sonda futura para algum mundo interessante. “Esses serão os verdadeiros objetivos das décadas e séculos futuros,”, conclui Ricker.
Assim como o Kepler e o satélite Corot, da Europa, o TESS procurará trânsitos planetários: evidenciados por uma breve redução de luz estelar que ocorre a intervalos regulares e denuncia a presença de um exoplaneta invisível. A limitação de varrer uma área tão grande do céu é que o TESS pode não ver alguns planetas potencialmente habitáveis. Planetas que seguem órbitas como a da Terra ao redor de estrelas como o Sol completam, aproximadamente, uma órbita por ano, revelando-se brevemente ao Kepler no processo. O TESS deixará escapar muitos desses planetas com órbitas mais longas. “O objetivo do Kepler é descobrir quantas estrelas solares têm planetas como a Terra na zona habitável de sua órbita ”, explica Ricker. “No caso do TESS, estamos respondendo uma pergunta diferente. Na verdade, estamos tentando identificar os sistemas planetários na vizinhança do sistema solar”.
Mas muitos desses sistemas planetários também podem conter mundos habitáveis. O TESS deve descobrir muitos planetas orbitando as proximidades de estrelas anãs M, que são mais escuras e frias que o sol. Um planeta habitável orbitando uma anã M poderia se aninhar muito mais perto de sua estrela do que um planeta como a Terra orbitando uma estrela como o Sol, então ele completaria uma órbita com uma frequência muito maior e se revelaria várias vezes ao TESS. Ricker estima que o TESS pode descobrir de 500 a 700 planetas com o tamanho da Terra, além das chamadas “super Terras”. Alguns deles serão potencialmente habitáveis. “Há muita incerteza nessa estimativa. Pode ser um número relativamente pequeno”, observa ele. “Podem ser cinco ou seis. Podem ser 10 ou 20. Mas provavelmente não será mais que isso”.
Quando o TESS compilar uma lista de exoplanetas próximos ao final de sua missão inicial de dois anos, astrônomos poderão já ter um poderoso observatório para examinar os novos mundos descobertos com mais detalhes. O Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, atualmente programado para lançamento em 2018, pode ser capaz de identificar as assinaturas de certas moléculas nas atmosferas de planetas próximos. Esses tipos de assinaturas químicas poderiam ser usadas para inferir a presença de vida extraterrestre em um planeta – essa tentadora possibilidade, porém, pode exceder as capacidades do JWST. De qualquer forma, se o TESS de fato puder localizar centenas de planetas próximos, astrônomos terão muito o que fazer no futuro próximo – descobrir como são esses planetas, que tipos de habitats eles podem suportar e, talvez, enviar uma sonda futura para algum mundo interessante. “Esses serão os verdadeiros objetivos das décadas e séculos futuros,”, conclui Ricker.
Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam
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