Um olhar de perto à Nebulosa da Caneca de Toby
A Nebulosa da Caneca de Toby é uma nuvem de gás e poeira iluminada do interior por uma estrela central Foto: ESO / Divulgação
O Very Large Telescope do ESO (VLT) capturou esta
bela imagem muito detalhada da Nebulosa da Caneca de Toby, uma nuvem de gás e
poeira que rodeia uma estrela gigante vermelha. Esta imagem mostra a estrutura
em arco caraterística da nebulosa, a qual, fiel ao seu nome, se parece de fato
com uma caneca. Situada a cerca de 1200 anos-luz de distância da Terra na constelação austral
de Carina (a Quilha), a Nebulosa da Caneca de Toby, conhecida pelo nome formal
IC 2220, é um exemplo de uma nebulosa de reflexão. Trata-se de uma nuvem de gás
e poeira iluminada do interior por uma estrela chamada HD 65750.
Esta estrela,
do tipo conhecido por gigante vermelha, tem cinco vezes a massa do nosso Sol e
encontra-se numa fase muito mais avançada da sua vida, apesar da sua
comparativamente idade jovem de cerca de 50 milhões de anos. A nebulosa foi criada pela estrela, que está a perder
parte da sua massa para o espaço circundante, formando uma nuvem de gás e poeira
à medida que a matéria arrefece. A poeira é composta por elementos como o
carbono e componentes simples e resistentes ao calor como o dióxido de titânio e
o óxido de cálcio (cal). Neste caso, estudos detalhados do objeto no
infravermelho apontam para que o dióxido de silício (sílica) seja o componente
que está muito provavelmente a refletir a luz da estrela.
A IC 2220 torna-se visível quando a radiação estelar é refletida pelos grãos de poeira. Esta estrutura de borboleta celeste é praticamente simétrica e tem uma dimensão de cerca de um ano-luz. Esta fase da vida das estrelas é de curta duração e por isso tais objetos são raros. As gigantes vermelhas formam-se de estrelas que estão a envelhecer e se aproximam das fases finais da sua evolução. Estas estrelas gastaram praticamente todas as suas reservas de hidrogénio, reservas essas que abastecem as reacções que ocorrem durante a maior parte da vida da estrela. Este efeito faz com que a atmosfera da estrela se expanda imenso.
A IC 2220 torna-se visível quando a radiação estelar é refletida pelos grãos de poeira. Esta estrutura de borboleta celeste é praticamente simétrica e tem uma dimensão de cerca de um ano-luz. Esta fase da vida das estrelas é de curta duração e por isso tais objetos são raros. As gigantes vermelhas formam-se de estrelas que estão a envelhecer e se aproximam das fases finais da sua evolução. Estas estrelas gastaram praticamente todas as suas reservas de hidrogénio, reservas essas que abastecem as reacções que ocorrem durante a maior parte da vida da estrela. Este efeito faz com que a atmosfera da estrela se expanda imenso.
Estrelas como a HD 65750 queimam uma concha de hélio no exterior de um núcleo de
carbono e oxigénio, por vezes acompanhada de uma concha de hidrogénio situada
mais próximo da superfície da estrela. Daqui a milhares de milhões de
anos, no nosso Sol irá também expandir-se até se tornar uma gigante vermelha.
Pensa-se que a atmosfera solar expandir-se-á muito para lá da atual órbita da
Terra, engolindo os planetas interiores nesse processo.
Por essa altura, a Terra
estará já em muito más condições. O elevado aumento de radiação e os fortes
ventos solares que acompanharão o processo de inflação do Sol, destruirão toda a
vida na Terra e farão com que a água dos oceanos se evapore, antes do planeta
inteiro se desfazer completamente. Os astrónomos britânicos Paul Murdin,
David Allen e David Malin deram à IC 2220 a alcunha de Nebulosa da Caneca de
Toby por causa da sua forma, a qual se assemelha a uma caneca antiga inglesa de
um tipo conhecido por Caneca de Toby,
algo que lhes era bastante familiar durante a juventude.
Fonte: ESO
Fonte: ESO
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