Cientistas se reúnem para discutir como defender a Terra em futuras colisões de alto impacto com asteroides
Os cientistas acreditam que existam cerca de um milhão de asteroides próximos da Terra que poderiam representar uma ameaça para o nosso planeta - mas apenas uma pequena fração deles foi detectada. A ameaça é tão grave que o ex-astronauta Ed Lu a descreve como 'roleta cósmica’ e disse que apenas uma ‘sorte às cegas', salvou a humanidade de um sério impacto, até hoje. Agora, o Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço (Copuos), criou uma equipe de ação especial para lidar com o problema. Apelidada de International Analysis and Warning Network (IAWN), a equipe vai se reunir e analisar informações sobre asteroides para alertar os governos de uma ameaça em potencial.
De acordo com Leonard David, em relato ao Space.com, vários grupos já existem para controlar a ameaça de asteroides, mas o IAWN espera reunir todos esses conhecimentos em um só lugar. Outro grupo, chamado de Space Mission Planning Advisory Group (SMPAG), também está disposto a promover colaboração internacional com o intuito de desviar asteroides ameaçadores. Pela primeira vez, o SMPAG está permitindo que as agências espaciais nacionais das Américas do Norte e Sul, Europa, Ásia e África coordenem a reação às ameaças de asteroides.
A Nasa está oferecendo até US $ 35.000 (pouco mais de R$ 79 mil), para quem desenvolver um código de computador capaz de identificar asteroides que ameaçam a vida. A recompensa é parte de seu concurso chamado Asteroid Data Hunter (Dados de Caça de Asteroides) que planeja reduzir o número de falhas encontradas em imagens feitas por telescópios terrestres.
Ao longo das últimas duas décadas, a Nasa tem procurado perigosos objetos cósmicos próximos da Terra de tamanho maior que 1 quilômetro, e afirma ter encontrado 98 por cento deles. Mas os sistemas de detecção de asteroides existentes só podem acompanhar 1% dos objetos estimados que orbitam o Sol, segundo a empresa de mineração de asteroides Planetary Resources, que é parceira da Nasa no projeto. Em uma sessão realizada na recente conferência SXSW, no Texas, o cientista da NASA Jason Kessler disse: "A probabilidade de alguma coisa bater na Terra no futuro é muito grande, embora não estejamos nos preocupando tanto com essa ameaça iminente".
Fonte: Jornal Ciência
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