Adeus Big Bang, olá buracos negros? Outra teoria para a criação do universo

Artist's conception of the event horizon of a black hole. Credit: Victor de Schwanberg/Science Photo Library

 A famosa teoria do Big Bang precisa de uma revisão? Um grupo de físicos teóricos sugerem que o nascimento do universo pode ter acontecido depois do colapso de uma estrela em 4D, formando um buraco-negro e ejetando matéria. Antes de tudo, vamos fazer um breve prefácio aqui dizendo que ninguém tem certeza do que originou o universo. Obviamente, os seres humanos não existiam quando ele começou a existir. A teoria mais aceita e vigente é de que o universo se formou a partir de um ponto de singularidade infinitamente denso, mas quem sabe o que havia antes disso?

Então, quais são as limitações da teoria do Big Bang? A singularidade é um deles. Ainda, é muito difícil saber o porquê de ter sido produzido um universo que tem quase uma temperatura uniforme e padrão para todos os seus locais, pois a idade dele (13,8 bilhões de anos) não deu tempo suficiente para estabelecer um equilíbrio térmico. Muitos cosmólogos dizem que o universo talvez esteja se expandido mais rápido que a velocidade da luz para que isso acontecesse, mas Niayesh Afshordi, astrofísico do Instituto Perímetro de Física Teórica, no Canadá, e co-autor do estudo, diz que até essa teoria tem problemas.

O que os físicos propõem é:

  • O modelo construído tem um universo em 3D flutuando em uma membrana em um outro universo 4D;
  • Então, se o universo em 4D tiver estrelas em 4 dimensões, essas poderiam ter o mesmo ciclo das estrelas tridimensionais. As mais massivas explodiriam, formando uma supernova e, posteriormente, um buraco negro;
  • O buraco negros tetradimensionais teriam um “horizonte de eventos” assim como os tridimensionais. O horizonte de eventos é a fronteira entre o interior e o exterior de um buraco negro. Há várias teorias que supõem o que acontece dentro de um buraco negro, embora isso nunca tenha sido observado;
  • Em um universo em 3D, o horizonte de eventos aparenta ser uma superfície em 2D. Então, em um universo em 4D, o horizonte de eventos seria uma superfície em 3D, formando um objeto que os físicos chamaram de hiperesfera;
  • Basicamente, o que o modelo diz é que quando uma estrela em 4D morre, resulta em uma membrana ao redor de um horizonte de eventos, ambos em 3D, que se expandem.

  • Porém, a teoria também tem suas limitações, o modelo não explica o porquê do universo ter uma temperatura uniforme.  Enquanto isso, o telescópio Planck, da Agência Espacial Europeia, mapeou pequenas variações de temperaturas em radiações cósmicas de fundo, que é tida como formada nos primórdios do universo. O novo modelo difere das radiações cósmicas em uma taxa de 4%, então os pesquisadores estão tratando de refiná-lo. Entretanto, eles ainda acham que o modelo vale a pena. O Planck mostra que a expansão está acontecendo, mas não mostra o porquê disso. O estudo poderiam ajudar a mostrar como a expansão é acionada pelo universo através de uma realidade tetradimensional”, os pesquisadores alegaram.
    Fonte: Ciência e Astronomia. com

    Comentários

    Postagens mais visitadas deste blog

    Lua eclipsa Saturno

    Um rejuvenescimento galáctico

    Uma enorme bolha de rádio com 65.000 anos-luz rodeia esta galáxia próxima

    Espiral de lado

    Planeta Mercúrio

    Marte Passando

    Observações exploram as propriedades da galáxia espiral gigante UGC 2885

    O parceiro secreto de Betelgeuse, Betelbuddy, pode mudar as previsões de supernovas

    Telescópio James Webb encontra as primeiras possíveis 'estrelas fracassadas' além da Via Láctea — e elas podem revelar novos segredos do universo primitivo

    Telescópio James Webb descobre galáxias brilhantes e antigas que desafiam teorias cósmicas: