Quatro imagens dos mais belos remanescentes de supernovas
Gigantescas explosões que marcam o fim da vida de estrelas muito maiores que o Sol, as supernovas deixam para trás enormes nuvens de detritos e intensas fontes emissoras de raios-X que aquecem e energizam este material, vistos aqui em combinação de imagens em raios-X pelo observatório espacial Chandra, que acaba de completar 15 anos de operação, e em luz visível pelo telescópio Subaru, instalado no Havaí.
01-Tycho
A supernova observada pela primeira vez pelo astrônomo dinamarquês Tycho Brahe há mais de 400 anos deixou uma nebulosa remanescente que leva seu nome e que agora é uma brilhante fonte de raios-X. A explosão gerou uma onda de choque que colidiu e foi parcialmente refletida pelo gás interestelar, em uma dinâmica mostrada em detalhes pelo Chandra. Enquanto a onda de choque para fora produziu uma "casca" de elétrons de alta energia (em azul), o movimento reverso aqueceu o material em expansão a milhões de graus Celsius (em vermelho e verde).
02 - G292
As supernovas também são responsáveis pela produção da maior parte dos elementos mais pesados essenciais para a formação de planetas como a Terra e o surgimento da vida. Localizada a cerca de 20 mil anos-luz de nosso planeta, a nebulosa remanescente G292 é uma das únicas três na Via Láctea que sabe-se serem ricas em oxigênio, cuja emissões aparecem em amarelo e laranja nas imagens do Chandra. Outros elementos também forjados em grande quantidade por esta estrela moribunda antes de explodir foram magnésio (em verde), silício e enxofre (ambos em azul).
03 - Nebulosa do Caranguejo
No ano de 1054, astrônomos chineses registraram o aparecimento de uma nova estrela no céu, tão brilhante que podia ser vista até durante o dia. Mas a nova estrela era, na verdade, a supernova que deu origem à impressionante Nebulosa do Caranguejo. No centro da nebulosa ficou uma estrela de nêutrons de rápida rotação, ou pulsar, que está lançando jatos de partículas de alta energia dos polos de seu poderoso campo magnético.
04 - 3C58
O objeto designado 3C58 também é remanescente de uma supernova, observada no ano 1181 por astrônomos chineses e japoneses. Assim como a Nebulosa do Caranguejo, o 3C58 tem em seu centro um pulsar que as imagens do Chandra mostram estar cercado por um anel de emissões de raios-X. Também como no Caranguejo, o 3C58 emite jatos de partículas de alta energia alimentados pelo intenso campo magnético da estrela de nêutrons em seu centro que avançam trilhões de quilômetros no espaço.
Fonte: OGLOBO
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