TRAPPIST-1: faça um tour pelos 7 exoplanetas que podem abrigar vida
OS ASTRÔNOMOS
descobriram o primeiro sistema conhecido que hospeda sete planetas do tamanho da Terra em torno de uma estrela, três deles em sua zona habitável. A apenas 39 anos-luz de distância de nós, os pesquisadores já identificaram os tamanhos, órbitas e massas da maioria dos planetas, sugerindo que todos podem ser rochosos. Em alguns, água líquida pode existir na superfície. A notícia é empolgante justamente porque esse pode ser o sistema com melhores chances de abrigar vida extraterrestre até agora.
Faça um passeio conosco pelo notável TRAPPIST-1:
PRIMEIRA PARADA: A estrela
TRAPPIST-1 é uma estrela fraca um pouco mais grande do que Júpiter. Ela possui cerca de 8% do tamanho do nosso sol e brilha apenas 0,05% quanto ele. Os planetas em sua volta realizam órbitas apertadas, todas mais próximas do que Mercúrio em torno do sol. A maior parte da luz de TRAPPIST-1 está em comprimentos de onda infravermelhos, invisíveis ao olho humano, razão pela qual o telescópio Spitzer foi a ferramenta ideal para obter mais detalhes sobre os seus planetas. Anãs superfrias como TRAPPIST-1 são estrelas com vidas extremamente longas – essa poderia potencialmente continuar queimando por mais 5 trilhões de anos, muito tempo além da nossa estrela (que está no meio do caminho de sua vida de 10 bilhões de anos).
Isso faz de TRAPPIST-1 uma boa candidata para abrigar vida, pelo tempo que ela tem para se desenvolver e evoluir. As estrelas anãs representam cerca de 75% da população estelar da Via Láctea. Planetas em suas zonas habitáveis parecem estar muito próximos e em perigo de explosões de radiação, mas modelos sugerem que alguns planetas poderiam suportar as condições para se tornar propícios à vida, se suas atmosferas e campos magnéticos forem fortes o suficiente.
Isso faz de TRAPPIST-1 uma boa candidata para abrigar vida, pelo tempo que ela tem para se desenvolver e evoluir. As estrelas anãs representam cerca de 75% da população estelar da Via Láctea. Planetas em suas zonas habitáveis parecem estar muito próximos e em perigo de explosões de radiação, mas modelos sugerem que alguns planetas poderiam suportar as condições para se tornar propícios à vida, se suas atmosferas e campos magnéticos forem fortes o suficiente.
PRÓXIMA PARADA: O planeta mais íntimo da estrela
O mais próximo dos sete planetas, TRAPPIST-1b, orbita ao redor da estrela uma vez a cada 1,51 dias. Isso significa que está a 1,64 milhões de quilômetros dela, 4,27 vezes a distância média da Terra à lua. TRAPPIST-1b possui cerca de 1,09 vezes o raio da Terra, e 0,85 vezes sua massa, de acordo com cálculos preliminares – medidas que sugerem que ele é provavelmente rochoso. Por causa da proximidade a sua estrela, no entanto, 1b provavelmente está “preso” a ela, como a lua à Terra, o que significa que orbita com os mesmos lados voltados para TRAPPIST-1 todo o tempo. Apesar da frieza da estrela, 1b está perto o suficiente para que qualquer água presente ferver ou sublimar como vapor.
PRÓXIMA PARADA: Mais um mundo quente
Como 1b, TRAPPIST-1c orbita próximo o suficiente da sua estrela para que a água líquida provavelmente não exista em sua superfície. Tem 1,06 vezes o tamanho do raio da Terra e 1,38 vezes sua massa, e orbita ao redor da TRAPPIST-1 a cada 2,42 dias, no que seria 5,83 vezes a distância média da Terra à lua. Como TRAPPIST-1b, 1c foi descoberto ano passado, com base em observações do escurecimento da estrela conforme os planetas passavam por ela. Ele orbita a anã cinco vezes a cada oito órbitas do 1b, uma “ressonância” que sugere que os planetas poderiam ter se movido mais para perto da estrela em algum ponto.
PRÓXIMA PARADA: O mais leve
O TRAPPIST-1d tem apenas 0,41 vezes a massa da Terra, o que o torna o planeta mais leve com uma massa conhecida no sistema (os pesquisadores não sabem ao certo a massa e o raio do planeta mais distante, 1h). O pequeno mundo tem um raio de 0,77 vezes o da Terra e orbita a estrela a cada 4,05 dias, a uma distância equivalente a 8,16 vezes a da Terra à lua. Como seus vizinhos mais próximos, a superfície de 1d é provavelmente muito quente para sustentar água líquida. Ele orbita a estrela três vezes para cada oito órbitas do 1b.
PRÓXIMA PARADA: Bem-vindo à zona habitável
O TRAPPIST-1e é o mais íntimo dos planetas que estão na zona habitável da estrela – uma órbita na qual a água líquida poderia potencialmente existir em sua superfície, tornando-o mais acessível à vida. Mesmo que 1e seja provavelmente preso a sua estrela, como todos os planetas no sistema, os pesquisadores disseram que ainda poderia ser habitável se tiver a atmosfera certa para equilibrar o calor na sua superfície. Ele recebe quase tanta luz de sua estrela quanto a Terra do sol, sugerindo que poderia ter temperaturas semelhantes.
1e orbita a estrela a cada 6,10 dias, a uma distância de 10,8 vezes a média da Terra à lua. Tem um raio 0.92 vezes o da Terra e 0,62 vezes a sua massa. Para cada oito órbitas de 1b, 1e orbita duas vezes a TRAPPIST-1. Mais uma vez, as órbitas ressonantes dos planetas sugerem que eles viajaram de mais longe para mais perto da estrela. Mais para fora, haveria mais gelo; apesar disso, a configuração poderia significar que os planetas são mais propensos a ter água prontamente disponível.
1e orbita a estrela a cada 6,10 dias, a uma distância de 10,8 vezes a média da Terra à lua. Tem um raio 0.92 vezes o da Terra e 0,62 vezes a sua massa. Para cada oito órbitas de 1b, 1e orbita duas vezes a TRAPPIST-1. Mais uma vez, as órbitas ressonantes dos planetas sugerem que eles viajaram de mais longe para mais perto da estrela. Mais para fora, haveria mais gelo; apesar disso, a configuração poderia significar que os planetas são mais propensos a ter água prontamente disponível.
PRÓXIMA PARADA: Vistas deslumbrantes
Da superfície de TRAPPIST-1f, um intrépido viajante espacial veria um belo conjunto de planetas vizinhos se o céu estivesse limpo. 1f também está na zona habitável da estrela. No seu céu, o 1e pareceria aproximadamente do tamanho da lua vista da Terra, e a estrela pareceria aproximadamente três vezes mais grande do que o sol no nosso céu. 1f orbita a estrela a cada 9,21 dias, o que é mais agradável em comparação com os planetas mais interiores, embora ainda muito mais rápido do que o planeta com a órbita mais curta do sistema solar:
Mercúrio a cada 87,97 dias. O 1f orbita a TRAPPIST-1 a distância média de 13,3 vezes a da Terra à lua, tem 1,04 vezes o raio do nosso planeta e 0,62 vezes a sua massa. Dá 1,33 voltas na sua estrela para cada oito órbitas de 1b. Por fim, ele é potencialmente rico em água, e recebe aproximadamente a mesma quantidade de luz estelar que Marte recebe do sol.
Mercúrio a cada 87,97 dias. O 1f orbita a TRAPPIST-1 a distância média de 13,3 vezes a da Terra à lua, tem 1,04 vezes o raio do nosso planeta e 0,62 vezes a sua massa. Dá 1,33 voltas na sua estrela para cada oito órbitas de 1b. Por fim, ele é potencialmente rico em água, e recebe aproximadamente a mesma quantidade de luz estelar que Marte recebe do sol.
PRÓXIMA PARADA: Ficando frio
O TRAPPIST-1g está bem na borda do que os pesquisadores acham que é a zona habitável da estrela –é um pouco frio, mas provavelmente não muito frio para que exista água líquida na sua superfície. 1g orbita a estrela a cada 12,35 dias, a uma distância de 17,4 vezes a da Terra à lua. O planeta tem 1,13 vezes o raio da Terra – o maior dos medidos – e 1,34 vezes sua massa. Além disso, recebe aproximadamente a mesma quantidade de luz estelar que algum lugar em nosso sistema solar entre Marte e o cinturão de asteroides.
Vale ressaltar que a zona habitável de qualquer sistema planetário não é algo bem definido. Os contornos da zona dependem, por exemplo, da composição atmosférica de um planeta. O puxão gravitacional que os planetas em TRAPPIST-1 exercem um sobre o outro pode potencialmente aquecê-los, mudando a zona habitável ao redor da estrela, tornando os planetas mais distantes capazes de sustentar a água líquida. A radiação da estrela também pode afetar onde a água líquida pode persistir.
Vale ressaltar que a zona habitável de qualquer sistema planetário não é algo bem definido. Os contornos da zona dependem, por exemplo, da composição atmosférica de um planeta. O puxão gravitacional que os planetas em TRAPPIST-1 exercem um sobre o outro pode potencialmente aquecê-los, mudando a zona habitável ao redor da estrela, tornando os planetas mais distantes capazes de sustentar a água líquida. A radiação da estrela também pode afetar onde a água líquida pode persistir.
ÚLTIMA PARADA: O misterioso
TRAPPIST-1h é o mais distante dos exoplanetas de sua estrela. Os cientistas pensam que ele tem uma órbita que dura cerca de 20 dias, a 23,3 vezes a distância média da Terra à lua. O telescópio Spitzer o viu passar pela TRAPPIST-1somente uma vez, então suas estatísticas são muito menos determinadas do que a de seus vizinhos. Ele parece ter 0,76 vezes o raio da Terra, e sua massa é desconhecida. De qualquer forma, deve estar fora da zona habitável da estrela, com uma superfície gelada demais para a existência de água líquida.
FONTE: HYPESCIENCE.COM
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