Astrônomos revelam quantidade 'surpreendente' de estrelas com massa 30 vezes superiores a do Sol
Estudo publicado na revista
'Science' quinta-feira (4) sugere que existência de estrelas muito mais pesadas
que o astro pode ter sido subestimada. A quantidade de estrelas maciças,
com massa 30 vezes superior a do Sol, pode ser mais comum do que astrônomos
pensavam, conclui estudo publicado na revista "Science" nesta
quinta-feira.
Ao observarem uma espécie de
berçário no espaço, onde o nascimento de estrelas é comum, astrônomos
encontraram 1.000 estrelas com massa entre 10 e 200 vezes superiores a do Sol.
Atualmente estima-se que apenas 1% das estrelas tenha massa 10 vezes maiores a
do astro. O "berçário de
estrelas" observado é conhecido como 30 Doradus ou nebulosa de Tarântula e
está a uma distância aproximada de 160 mil anos-luz da Terra.
A pesquisa também observou em
detalhes cerca de 250 estrelas para tentar determinar a prevalência de estrelas
maciças em 30 Doradus, numa variável conhecida como FMI (Função de Massa
Inicial).
A importância do estudo das
estrelas
- Estrelas são uma grande massa
de gás formada nas nuvens do espaço conhecidas como nebulosas.
- Elas também são responsáveis
pela distribuição de gases no universo (como carbono e nitrogênio).
- Como possuem características
similares a dos sistemas planetários a qual pertencem, seu estudo é de
fundamental importância para entender como o universo influencia a vida na
Terra, por exemplo.
Com a análise, pesquisadores não
só chegaram à conclusão que estrelas pesadas são mais comuns, mas também que é
provável que a massa de uma estrela chegue a 300 massas solares -- antes, esse
teto era estabelecido em torno de 200 massas solares.
O estudo dessa região do universo
também mostra que a explosão que deu origem à formação de estrelas em 30 Dor
deve ter ocorrido há menos de 10 milhões de anos.
A pesquisa teve como primeiro
autor Fabian Schneider, pesquisador do Instituto Hintze que está realizando
estudos no Departamento de Física da Universidade de Oxford (Reino Unido).
Observação foi feita com
'supertelescópio'
Para a observação, astônomos
utilizaram o " Very Large Telescope", o maior instrumento óptico
existente e propriedade do Laboratório Observatório Europeu do Sul (ESO). O
estudo também integra projeto de pesquisa específico para a nebulosa de
Tarântula.
Segundo autores, o estudo de
estrelas maciças é importante porque esse tipo de estrela exerce grande
influência ao seu redor. No final da vida, também formam alguns dos objetos
mais exóticos do Universo, como estrelas de nêutrons (estrelas densas e
compactas) e buracos negros.
O achado, assim, eleva também a
chance de que mais buracos negros existam. Cientistas ainda devem responder, no
entanto, o quanto do resultado da observação numa região específica do universo
pode ser extrapolado para todo o espaço.
Fonte: https://g1.globo.com
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!