Humanidade finalmente verá um buraco negro em 2018
Os buracos negros já são parte do conhecimento popular há
algumas décadas. Sabemos que eles são lugares no espaço de onde nada, nem mesmo
partículas que se movem na velocidade da luz, consegue escapar. Sabemos também
que há um buraco negro enorme no meio da nossa Via Láctea – assim como em
outras galáxias. Mas apesar de sabermos deles teoricamente desde Einstein, nós
nunca olhamos para um, mas, segundo os especialistas, 2018 será o ano em que
isso finalmente vai acontecer.
Albert Einstein previu a existência de buracos negros em sua
teoria da relatividade geral, mas mesmo ele não estava convencido de que eles
realmente existiam. E, até agora, ninguém conseguiu produzir evidências
concretas de que eles de fato existem. A esperança dos cientistas para mudar
isso está no Event Horizon Telescope (EHT). Apesar do nome, o EHT não é só um
telescópio, mas uma rede de telescópios em todo o mundo. Trabalhando em
conjunto, esses dispositivos podem fornecer todos os componentes necessários
para que finalmente sejamos capazes de capturar uma imagem de um buraco negro.
A ideia é que a imagem produzida pela combinação destes
dados seria comparável a uma que poderia ter sido criada usando um único
telescópio de tamanho terrestre. O primeiro teste começou em abril de 2017. Ao
longo de cinco noites, oito telescópios em todo o mundo colocam suas miras em
Sagitário A * (Sgr A *), um ponto no centro da Via Láctea que os pesquisadores
acreditam ser a localização de um buraco negro supermassivo.
Um telescópio do tamanho da Terra
Para fazer isso, seria preciso um telescópio mais ou menos
do tamanho da Terra – e é mais ou menos isso que o EHT é, na prática. Primeiro, você precisa de uma ampliação ultra alta – o
equivalente a contar as covinhas em uma bola de golfe em Los Angeles quando
você está sentado em Nova York”, compara o diretor do EHT, Sheperd Doeleman.
“Em seguida, você precisa de uma maneira de ver o gás na Via Láctea e o gás
quente que envolve o próprio buraco negro. Isso requer um telescópio tão grande
como a Terra, que é onde o EHT entra”.
A equipe do EHT criou um “telescópio virtual de tamanho
terrestre”, explica Doeleman, usando uma rede de radiotelescópios individuais
espalhados pelo planeta. Eles sincronizaram os telescópios para que eles
observassem o mesmo ponto no espaço ao mesmo tempo e fossem capazes de gravar
as ondas de rádio detectadas.
A ideia é que a imagem produzida pela combinação destes
dados seria comparável a uma que poderia ter sido criada usando um único
telescópio de tamanho terrestre. O primeiro teste começou em abril de 2017. Ao
longo de cinco noites, oito telescópios em todo o mundo colocam suas miras em
Sagitário A * (Sgr A *), um ponto no centro da Via Láctea que os pesquisadores
acreditam ser a localização de um buraco negro supermassivo.
Os dados do Telescópio do Polo Sul chegaram ao Observatório
Haystack, do MIT, somente em dezembro, devido à falta de voos de carga na
região. Agora que a equipe tem os dados de todos os oito telescópios, eles
podem começar sua análise com a esperança de produzir a primeira imagem de um
buraco negro.
Uma imagem de um buraco negro não só provaria
definitivamente que eles existem, como também revelaria novas informações sobre
nosso universo, principalmente em escalas maiores. “Acredita-se que os buracos
negros supermassivos no centro das galáxias e as galáxias em que vivem evoluem
ao longo dos tempos cósmicos, de modo que observar o que acontece perto do
horizonte do evento nos ajudará a entender o universo em escalas maiores”, diz
Doeleman.
Pés no chão
O pesquisador diz que, no futuro, os pesquisadores devem ser
capazes de fazer imagens de um único buraco negro ao longo do tempo. Isso
permitiria aos cientistas determinar se a teoria da relatividade geral de
Einstein é verdadeira ou não na fronteira do buraco negro, além de estudar como
os buracos negros crescem e absorvem a matéria.
Por mais empolgante que a pesquisa pareça, as observações do
buraco negro em Sagitário A * são apenas as primeiras usando o EHT, e Doeleman
está mantendo as expectativas sob controle. “Não temos garantia do que veremos,
e a natureza pode nos jogar uma bola curva. No entanto, o EHT agora está
funcionando, então, ao longo dos próximos anos, trabalharemos para fazer uma
imagem para ver como realmente se parece um buraco negro”, garante.
Não há ainda uma data para a publicação dos resultados.
Segundo Doeleman, justamente porque a equipe está trabalhando com cuidado, mas
é provável que a Terra veja seu primeiro buraco negro em 2018.
Fonte: https://hypescience.com
[Futurism]
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!