Em alguns dias, a NASA lançará uma nave para “tocar o sol”

Depois de alguns atrasos, a NASA determinou a data de lançamento de sua próxima missão científica, a sonda Parker Solar Probe, que vai “tocar o sol”: 11 de agosto. Se tudo correr conforme o planejado, a nave decolará a bordo de um foguete Delta, da United Launch Alliance, no próximo sábado a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA).  A janela de lançamento abre às 4h45 da manhã, no horário de Brasília (07h45 GMT). A sonda deve ser lançada dentro de 45 minutos. Você pode assistir ao evento ao vivo no portal da NASA TV.  Para alcançar o sol com sucesso, a sonda precisa ser lançada em alta velocidade. O Delta é o foguete com a segunda melhor potência de lançamento utilizado pela agência espacial norte-americana, atrás apenas do novo foguete Falcon Heavy da SpaceX. 

Uma vez que a Parker se despedir da Terra, irá circular em torno de Vênus em uma manobra chamada “assistência gravitacional” que irá desacelerá-la para controlar cuidadosamente sua aproximação à nossa estrela. A assistência gravitacional está programada para ocorrer em 2 de outubro. Isso deve colocar a sonda no caminho certo para chegar ao seu primeiro ponto de aproximação do sol, em 5 de novembro. Esse sobrevoo inaugurará 24 órbitas em torno da estrela, realizadas ao longo de sete anos, que irão gradualmente deixar a nave mais perto do sol.

Em sua aproximação final, em 2025, a Parker Solar Probe chegará a 6 milhões de quilômetros da superfície do sol. Parece muito, mas isso é tão perto que ela vai de fato voar através da atmosfera fervente da estrela, chamada de corona. Conforme já contamos em outro artigo aqui no Hype, a sonda vai sobreviver ao calor do sol por tantos anos graças a um poderoso escudo que os engenheiros projetaram para ela, que mantém os instrumentos a bordo a uma temperatura segura de 30 graus Celsius. 

Durante a missão, esses instrumentos vão trabalhar para resolver três grandes mistérios científicos sobre nossa estrela: por que sua atmosfera se torna mais quente quanto mais distante da superfície do sol, como se origina o vento solar de partículas carregadas que fluem para o espaço, e o que causa as explosões gigantescas que os cientistas chamam de ejeções de massa coronal.  As respostas podem ser cruciais para uma compreensão mais geral do funcionamento das estrelas, além do nosso sistema solar. 

O trabalho da sonda também deve ajudar os cientistas a entender e prever os riscos de se viver perto de uma estrela. Dependendo de sua intensidade, a atividade solar pode interferir com satélites de comunicação e navegação ao redor da Terra, e até mesmo derrubar redes de energia na superfície do planeta.  Inicialmente pensada para 4 de agosto, a data de lançamento precisou ser adiada para o dia 11 devido a alguns problemas, incluindo testes adicionais de software e um pequeno pedaço de espuma encontrado dentro do nariz do foguete.
Fonte: www.space.com

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