NASA detectou um vasto e brilhante “muro de hidrogênio” na borda do nosso sistema solar

Os cientistas da NASA acreditam que há um vasto “muro de hidrogênio” na borda do nosso sistema solar, e a sonda New Horizons pode vê-lo.
A parede de hidrogênio é o limite externo do nosso sistema solar, um local onde a “bolha solar” da nossa estrela termina. Ali, massas de matéria interestelar pequenas demais para estourar a bolha se formam, pressionando para dentro.

O muro

Poderosos jatos de matéria e energia fluem por um longo período depois de deixar o sol – muito além da órbita de Plutão. Mas, em certo ponto, se esgotam, e sua capacidade de empurrar poeira e outros pedaços de matéria – o material fino e misterioso que vaga nas fronteiras de nossa galáxia – diminui. Um limite visível então se forma. De um lado, estão os últimos vestígios do vento solar. Do outro, há um acúmulo de matéria interestelar, incluindo hidrogênio.

A sonda New Horizons, que passou por Plutão em 2015, pode ver esse limite. O que ela definitivamente vê é uma luz ultravioleta extra, do tipo que os cientistas esperariam que tal muro de hidrogênio produzisse. Isso está de acordo com um sinal ultravioleta que as duas sondas Voyager, as mais longínquas já lançadas pela NASA, capturaram em 1992. No entanto, tais registros não são indicações claras de um muro de hidrogênio. Todas as três sondas poderiam ter na verdade detectado luz ultravioleta de alguma outra fonte, emanando das profundezas da galáxia.

A confirmação

Alice, o instrumento a bordo da New Horizons responsável pela descoberta, é muito mais sensível do que qualquer coisa que as Voyagers tinham a bordo antes de iniciar sua própria jornada para fora do sistema solar. O dispositivo deve funcionar por mais 15 a 20 anos. A New Horizons continuará analisando o céu em busca de luz ultravioleta duas vezes por ano, de forma que os pesquisadores poderão ter certeza do que estão observando dentro de alguns meses.

“Se a luz ultravioleta cair em algum momento, a New Horizons pode ter deixado o muro em seu espelho retrovisor”, explicaram os pesquisadores em um comunicado. “Se a luz nunca diminuir, então sua fonte poderia estar mais adiante – vinda de algum lugar mais profundo no espaço”. 
Fonte: hypescience.com

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