Bolhas de sopro de estrelas recém-nascidas na nebulosa da pata do gato
Essa imagem feita pelo
Telescópio Espacial Spitzer da NASA, mostra a Nebulosa da Pata do Gato,
denominada assim, devido às grandes feições circulares que criam a impressão de
uma impressão digital de um felino. A nebulosa é uma região de formação de estrelas
na Via Láctea, localizada na constelação de Escorpião. A distância da Terra até
a nebulosa é estimada entre 4200 e 5500 anos-luz.
Delimitada por nuvens verdes,
as bolhas vermelhas brilhantes são as feições dominantes na imagem, que foi
criada usando dados de dois instrumentos do Spitzer. Depois que o gás e a
poeira dentro da nebulosa colapsa para formar estrelas, as estrelas podem aquecer
o gás pressurizado a sua volta, fazendo com que ele se expanda no espaço,
criando as bolhas.
As áreas em verde, mostram
locais onde a radiação das estrelas quentes colide com as grande moléculas
chamadas de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fazendo com que brilhe com
a fluorescência. Em alguns casos, as bolhas
podem eventualmente explodir, criando feições em forma de U, que são
particularmente visíveis na parte inferior da imagem que foi criada usando
dados de apenas um instrumento do Spitzer.
O Spitzer é um telescópio de
infravermelho, e a luz infravermelha é útil para os astrônomos pois ela pode
penetrar as espessas nuvens de gás e poeira, melhor que a luz óptica. Os
filamentos escuros que cruzam horizontalmente a nebulosa, são regiões de gás e
poeira mais densas, onde, nem mesmo a luz infravermelha pode atravessar. Essas
densas regiões podem em breve ser locais onde outra geração de estrelas pode se
formar.
A região de formação de
estrelas da Pata do Gato tem entre 80 e 90 anos-luz de diâmetro. Ela se estende
além do lado esquerdo dessas imagens e intercepta com uma região similar de
formação de estrelas, a NGC 6357. Essa região é também conhecida como Nebulosa
da Lagoa, que é um improvável companheiro para um gato.
A parte superior da imagem
foi compilada usando dados do Infrared Array Camera (IRAC) e o Multiband
Imaging Photometer (MIPS) que estão a bordo do Spitzer. O MIPS coleta uma “cor”
adicional da luz no intervalo do infravermelho, que revela as feições
avermelhadas, criadas pela poeira que foi aquecida pelo gás quente e pela luz
das estrelas próximas. A segunda imagem é baseada nos dados do IRAC, assim a
poeira não é visível.
As imagens foram retiradas
dos dados coletados para o projeto Galactic Legacy Mid-Plane Survey
Extraordinaire, ou GLIMPSE. Usando dados do Spitzer, o GLIMPSE criou o mapa
mais preciso até hoje da grande barra central da galáxia e mostrou que a
galáxia é repleta de bolhas de gás, como essas vistas aqui.
Mais informações sobre o Spitzer estão disponíveis nos seguintes sites:
Fonte: NASA
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